Colômbia tomou medidas de segurança para evitar suposta ameaça terroristaPixabay
Colômbia reforça segurança da Suprema Corte diante de ameaça de ataque
Presidente do tribunal afirmou que a polícia encontrou 'uma maquete do Palácio da Justiça' junto com 'munições' e 'explosivos'
O governo colombiano reforçou a segurança na sede da Suprema Corte em Bogotá, nesta sexta-feira (16), após a descoberta de um suposto plano para atacar suas instalações.
O presidente do tribunal, o magistrado Gerson Chaverra, denunciou à imprensa que a polícia encontrou na última terça-feira “uma maquete do Palácio da Justiça" junto com “munições” e “explosivos”.
A Presidência disse, em nota, que reforçará a segurança do edifício com “sistemas avançados de vigilância”, “o fornecimento de equipamentos anti-explosivos, o uso de drones para monitoramento contínuo e a intervenção de unidades especializadas”.
A intenção é "evitar que se vá cometer um atentado terrorista", acrescentou.
As casas onde a polícia fez as batidas, na terça-feira, estão a cerca de 13 km da sede do tribunal.
Chaverra disse à AFP que os altos funcionários da polícia “foram muito enfáticos em não subestimar” a ameaça.
Repórteres observaram a polícia ao redor do Palácio da Justiça, localizado no centro de Bogotá, próximo ao palácio presidencial e ao Congresso.
Veículos de imprensa locais publicaram fotos das incursões em que se veem balas de grosso calibre, pentes de recarga, pacotes de pólvora e uma maquete de papelão que coincide com o desenho do Palácio de Justiça.
Uma fonte anônima da Polícia disse ao jornal El Tiempo que eles estavam realizando uma operação contra o tráfico de armas quando encontraram a maquete.
Após uma reunião entre o presidente, Gustavo Petro, e altos funcionários militares e do Ministério da Defesa, o governo também decidiu reforçar a segurança em outras sedes judiciais do país.
Nem Chaverra, nem a Presidência especificaram quem estaria por trás do suposto plano.
Em fevereiro, centenas de manifestantes a favor de Petro cercaram o Palácio da Justiça durante uma manifestação. Na ocasião, os magistrados denunciaram um “bloqueio violento e ilegal”.
O prédio foi parcialmente destruído em 1985, depois que um comando de guerrilheiros do M-19 invadiu suas instalações.
Na tentativa de retomar o controle do local, o Exército atirou no prédio com tanques de guerra durante várias horas. A invasão deixou mais de cem mortos, entre eles 11 juízes.
Uma dezena de pessoas desapareceram após a intervenção das Forças Militares e algumas delas não foram localizadas até hoje.
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