Roger Fortson, 23 anos, era piloto da Força Aérea e morreu em 3 de maio Reprodução/Força Aérea dos Estados Unidos

Um policial que matou um militar negro durante uma intervenção em sua casa na Flórida foi indiciado por homicídio culposo com arma de fogo, informaram autoridades nesta sexta-feira (23).
O acusado, Eddie Duran, enfrenta uma ordem de prisão e pode pegar a pena máxima de 30 anos se for condenado, informou a promotora Ginger Bowden Madden ao anunciar o indiciamento.
Roger Fortson, 23 anos, era piloto da Força Aérea e morreu em 3 de maio, quando a polícia foi ao seu apartamento em Fort Walton Beach depois que vizinhos alertaram para um possível caso de violência física. A vítima estava sozinha em casa, em videochamada com a namorada, quando alguém interfonou para sua residência.
Após tentar averiguar quem o procurava, Fortson foi buscar sua pistola e abriu a porta com a arma apontada para o chão, segundo a investigação policial. Duran, então, matou Fortson com vários tiros, sem que nada justificasse o "recurso à força letal", informou a polícia em junho, ao anunciar a demissão do agente.
O advogado da família da vítima, Ben Crump, muito comprometido com os casos de violência policial contra cidadãos negros, comemorou o indiciamento de Duran como "um primeiro passo para a justiça" para os familiares de Fortson.
"Que isso sirva para lembrar aos policiais de todas as partes que juraram solenemente proteger e defender que seus atos têm consequências, especialmente quando se traduzem em perda de vidas humanas", acrescentou o advogado.