Mesmo pressionado pelos protestos, Netanyahu mantém tática de atacar os palestinos em GazaShaul Golan/AFP

Um grande número de israelenses voltou às ruas neste sábado, 7, para protestar contra o fracasso do governo em garantir o retorno dos reféns restantes em Gaza, em meio a mais ataques aéreos que mataram mais de uma dúzia de pessoas entre desde sexta-feira, 6, segundo hospitais e autoridades locais. O dia 7 de setembro marca os 11 meses da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
O protesto deste sábado ocorre uma semana após a descoberta de outros seis reféns mortos em Gaza, e depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reagiu à pressão por um acordo de cessar-fogo e declarou que "ninguém vai me dar sermão"
Israel tem sofrido crescente pressão dos Estados Unidos e outros aliados para chegar a um acordo de cessar-fogo, mas Netanyahu insiste no controle israelense contínuo do corredor de Filadélfia, uma faixa estreita ao longo da fronteira de Gaza com o Egito, onde Israel alega que o Hamas contrabandeia armas. Egito e Hamas negam.
A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas e outros militantes atacaram Israel, matando cerca de 1 200 pessoas, principalmente civis. Acredita-se que o Hamas ainda esteja mantendo mais de 100 reféns. As autoridades israelenses estimam que cerca de um terço estejam mortos.
A ofensiva retaliatória de Israel em Gaza matou mais de 40 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde, que não distingue, na contagem, civis e combatentes. A pasta diz que mais de 94 mil pessoas ficaram feridas.
Poliomielite
Dentro de Gaza, os profissionais de saúde concluíram a segunda fase de uma campanha urgente de vacinação contra a poliomielite projetada para evitar um surto em larga escala. A iniciativa visa vacinar 640 mil crianças durante uma guerra que destruiu o sistema de saúde. A terceira fase de vacinação será no norte.