Venezuela vive crise interna com protestos, prisões e mortesafp

“Nossos filhos não são terroristas”: parentes de oito adolescentes presos na Venezuela após os protestos pós-eleitorais exigiram, nesta sexta-feira (13), a libertação dos jovens na entrada de um quartel da polícia em Caracas.
Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, mais de uma centena de menores foram presos por militares e policiais durante manifestações ocorridas após a reeleição em julho do presidente Nicolás Maduro, que a oposição considerou uma fraude. Oitenta e cinco deles foram soltos e cerca de 30 permanecem detidos, segundo números oficiais.
Os presos foram acusados, entre outras coisas, de “terrorismo”, enquanto o governo acusa seus adversários de tentativa de golpe de Estado.
“Queremos a liberdade dos nossos filhos, porque eles não são terroristas", disse a manicure Tania Urbina, de 32 anos, mãe de Miguel, de 16. Ela afirmou que não recebeu das autoridades informações sobre o caso do seu filho: "Estamos desesperados".
Tania conta que o adolescente está fisicamente bem, pois conseguiu visitá-lo, mas lamentou o que afirma ser uma acusação falsa contra ele.
Dionexis García, irmã de Diosmer Mejías, outro detido, afirmou que ele tem uma bala de borracha cravada nas costas e que o menor não recebeu atendimento médico adequado. "Apenas nos mandaram comprar alguns comprimidos e injeções. Não sabemos de mais nada".
Dionexis contou que o irmão foi preso em sua casa, uma prática denunciada por ativistas depois que Maduro e funcionários do alto escalão pediram aos cidadãos que denunciassem os manifestantes que bloqueiam ruas.