Hamas elogiou o ataque, afirmando que Israel não estará seguro enquanto não cessar a agressão brutal em GazaMenahem Kahana/ AFP
"Esta manhã, os houthis lançaram um míssil terra-terra do Iêmen em direção ao nosso território", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertando que os rebeldes "já deveriam saber que cobramos um preço elevado por qualquer tentativa de nos prejudicar", de acordo com um comunicado de seu gabinete.
Os houthis afirmaram que o ataque foi realizado com um novo projétil balístico hipersônico, que tinha como alvo uma posição militar em Jaffa, uma cidade portuária perto de Tel Aviv. "O inimigo israelense deve esperar por novos ataques (...) na véspera do primeiro aniversário da abençoada operação de 7 de outubro", alertaram.
O lançamento do míssil foi elogiado pelo grupo islamista palestino Hamas, que declarou que Israel "não estará seguro" até parar sua "agressão brutal" na Faixa de Gaza.
O ataque dos houthis mostra as "limitações" das defesas israelenses, declarou Osama Hamdan, um alto funcionário do movimento islamista palestino.
Os houthis pertencem ao chamado "eixo de resistência" do Irã, que inclui grupos apoiados por Teerã no Iraque, na Síria e no Líbano.
Desde novembro, lançaram uma onda de ataques a navios ligados a Israel no Golfo de Áden e no Mar Vermelho, afetando o tráfego marítimo nesta área estratégica para o comércio mundial.
Em solidariedade aos palestinos, o Hezbollah libanês também abriu uma frente na fronteira com Israel, trocando tiros quase diariamente desde outubro. Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas de ambos os lados da fronteira.
"Faremos tudo o que for necessário para trazer nossos habitantes para casa em segurança", declarou Netanyahu neste domingo.
Reféns mortos em bombardeio israelense
Mais a norte, no acampamento de refugiados de Jabaliya, uma pessoa morreu e três ficaram feridas após um bombardeio atingir uma casa, segundo a mesma fonte.
A guerra eclodiu em 7 de outubro com o ataque do Hamas ao sul de Israel que deixou 1.205 mortos, incluindo reféns mortos ou que perderam a vida em cativeiro, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Neste domingo, o Exército israelense indicou que é "muito provável" que três reféns mortos em Gaza em novembro tenham perdido a vida em um de seus bombardeios quando estavam "detidos em um complexo subterrâneo" onde operava "o comandante da brigada norte do Hamas, Ahmed Ghandour", que também morreu, de acordo com os resultados de uma investigação.
A campanha militar de Israel já deixou 41.206 mortos na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestino governado pelo Hamas.
Neste domingo, o alto funcionário do Hamas, Osama Hamdan, disse à AFP que apesar dos "mártires e sacrifícios", o Hamas dispõe de "alta capacidade de continuar" a guerra, disse durante uma entrevista em Istambul.
Hamdan denunciou ainda que o governo dos Estados Unidos "não está exercendo pressão suficiente ou adequada" sobre Israel para chegar a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
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