Doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no mundoFreepik
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) afirma que os principais fatores de risco para doenças cardíacas são dietas inadequadas, sedentarismo, uso de tabaco e uso nocivo do álcool, além de fatores comportamentais, podendo se manifestar nos indivíduos por meio de pressão ou glicemia alta, sobrepeso e obesidade. Além disso, o fator hereditário também é um importante causador de doenças cardiovasculares, que necessita de atenção e acompanhamento médico em casos de familiares com alguma doença, devido à predisposição.
Os sintomas que apontam para alguma condição no coração geralmente são os mesmos – dor ou desconforto no peito, nos braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas – podendo haver diferenças no caso de mulheres, que podem sentir náuseas e fadiga, fatores menos reconhecidos como sinais de um problema cardíaco, de acordo com dados da American Heart Association.
"Para prevenir doenças cardiovasculares e melhorar a saúde do coração é essencial adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, e evitar o uso de tabaco e consumo excessivo de álcool. Além disso, é importante atentar-se às doenças correlacionadas e realizar exames periódicos para monitorar pressão arterial, colesterol e glicemia, que também são essenciais para proteger não apenas o coração, mas também os rins. A hipertensão e o diabetes, por exemplo, podem agravar problemas renais, e um acompanhamento regular pode ajudar a evitar que essas condições evoluam para um quadro de complicações", afirma a médica cardiologista e presidente do departamento de insuficiência cardíaca (DEIC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Dra. Lídia Moura.
A paciente Katia Arruda, de 63 anos, foi diagnosticada com insuficiência cardíaca e cardiopatia moderada há quatro anos e passou por um período de estabilidade a partir da adesão ao tratamento. Recentemente, voltou a enfrentar sintomas graves e aguarda um cateterismo.
"Para aqueles que já enfrentam esse tipo de condição, um tratamento eficaz, aliado a mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico contínuo é essencial para melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações graves. Além disso, nós, como profissionais, investimos continuamente em pesquisas e tecnologias para aprofundar nosso entendimento sobre a interação e a relação entre as doenças cardiovasculares, renais e metabólicas, garantindo uma abordagem mais precisa e centrada no paciente", completa a médica.
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