Grupo libanês Hezbollah é considerado terrorista por WashingtonArquivo/AFP
Financiador do Hezbollah se declara culpado perante a justiça americana
Bazzi, de 60 anos, pode ser condenado a até 20 anos de prisão
Um "financiador" do movimento islamista pró-iraniano Hezbollah que está detido nos Estados Unidos desde 2023 se declarou culpado, nesta sexta-feira (20), de ter desobedecido às sanções financeiras impostas contra ele desde 2018 para enviar dinheiro ao grupo libanês, considerado "terrorista" por Washington.
Mohammad Ibrahim Bazzi, que tem as nacionalidades libanesa, britânica e belga, aceitou sua responsabilidade por "conspirar para incitar" cidadãos americanos "a fazerem transações ilegais com uma pessoa qualificada como terrorista internacional", informou a promotoria federal do Brooklyn, em Nova York.
Sua condenação será anunciada posteriormente, mas Bazzi, de 60 anos, pode ser condenado a até 20 anos de prisão.
Este homem, considerado desde 2018 pelas autoridades americanas como um "terrorista internacional", "assumiu sua responsabilidade por seu papel em um complô para traficar centenas de milhares de dólares dos Estados Unidos para o Líbano", segundo o promotor federal Breon Peace.
Cerca de 828,5 mil dólares (R$ 4,53 milhões), de acordo com uma fonte judicial, foram enviados ao país do Oriente Médio, em "violação às sanções impostas contra ele [Bazzi] por ter ajudado a organização terrorista Hezbollah", detalhou o promotor.
A investigação envolveu várias agências de controle americanas e a Romênia, de onde foi extraditado para os Estados Unidos em fevereiro de 2023.
"Bazzi é um financiador central do Hezbollah, que recebeu milhões de dólares nos últimos anos graças aos seus negócios na Bélgica, Líbano, Iraque e em toda a África Ocidental", informou a promotoria.
Segundo a investigação, Bazzi, em conluio com outra pessoa identificada como Talal Chahine, que teria fugido para o Líbano, lavou suas transações por meio de compras e empréstimos fictícios, como, por exemplo, equipamentos para um restaurante chinês e um crédito familiar no Kuwait.
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