Mulher havia sido vendida a um membro do Hamas por jihadistas do Estado Islâmico segundo general do exércitoAFP
O exército informou que a mulher, de 21 anos, foi resgatada em uma ação complexa e coordenada nesta semana, na qual estiveram envolvidos os Estados Unidos, a Jordânia e outros parceiros internacionais.
"Ela foi resgatada recentemente em uma missão secreta na Faixa de Gaza através do cruzamento de Kerem Shalom", disseram os militares em um comunicado.
"Após sua entrada em Israel, ela seguiu para a Jordânia pelo cruzamento da ponte Allenby e de lá retornou com sua família ao Iraque", acrescentaram.
O Ministério das Relações Exteriores iraquiano confirmou o retorno da mulher e elogiou a cooperação entre os Estados Unidos e a Jordânia após quatro meses de "esforços e acompanhamentos".
"A jovem foi entregue à sua família (nesta quinta-feira) à tarde após retornar ao Iraque", informou o ministério, sem mencionar Gaza ou Israel.
O brigadeiro-general Elad Goren, do corpo militar israelense (Cogat), responsável pelos assuntos civis nos territórios palestinos, afirmou que a mulher havia sido vendida a um membro do Hamas por jihadistas do Estado Islâmico.
Ele não forneceu detalhes específicos sobre como a jovem foi trasladada do Iraque para Gaza, mas que provavelmente ocorreu através do cruzamento de Rafah, a partir do Egito.
"O Estado Islâmico a vendeu a uma pessoa do Hamas, mas ela foi retida por um grupo do Hamas", disse Goren à imprensa.
"[Isso] é uma prova das relações ideológicas entre Hamas e Estado Islâmico", destacou.
Goren afirmou que a mulher estava com boa saúde física, "mas não mental", após a operação de resgate.
"Ela não foi afetada fisicamente, mas entendemos que a experiência foi terrível para ela", acrescentou aos jornalistas.
Os jihadistas do Estado Islâmico cometeram atos horríveis de violência contra a minoria yazidi quando invadiram o Iraque em 2014, com assassinatos em massa de homens e sequestros milhares de meninas e mulheres.
As mulheres eram sistematicamente estupradas e entregues a combatentes jihadistas como escravas sexuais em meio a um reinado de terror qualificado como genocídio por investigadores das Nações Unidas.
Após os massacres, cerca de 100.000 yazidis fugiram para a Europa, Estados Unidos, Austrália e Canadá, segundo a ONU.
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