Javier Milei, presidente da ArgentinaAFP

O Produto Interno Bruto da Argentina encolherá 5% este ano, estimou o Banco Mundial nesta quarta-feira (9).
"A Argentina teve um ano difícil (...) principalmente devido aos ajustes fiscais bastante extremos que foram necessários", declarou William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial (BM) para a América Latina e o Caribe em coletiva de imprensa.
"Reduzir a inflação de 25% mensal a 4% mensal, que é uma conquista importante, requer especificamente colocar em ordem as contas fiscais e ser capaz de executar uma política monetária sensata", estimou.
"É um grande avanço e já estamos vendo certa recuperação do setor automotivo" e "alguma no setor imobiliário", acrescentou sobre o país sul-americano, que deve cumprir as metas do programa de crédito de 44 bilhões de dólares (R$ 240 bilhões na cotação atual) contratado com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Argentina se recuperará em 2025, com um crescimento de 5%, estima a organização internacional em relatório publicado nesta quarta-feira.
O país está imerso em uma profunda recessão, com uma das inflações mais altas do mundo (236,7% em termos anuais em agosto) e com a metade da população na pobreza.
"Com o crescimento projetado de 5% no próximo ano, veremos uma recuperação dos níveis de pobreza", estima Maloney.