Laurent Schwarz é apelidado de 'mini Picasso'Michaela Stache/AFP
Laurent Schwarz, um menino alemão de três anos, pinta telas quase sempre maiores que ele em seu atelier localizado em um canto de sua casa em Neubeuern, no sudeste da Alemanha.
Com seus pincéis, rolos e, às vezes, simplesmente com os dedos, desenha artes abstratas e coloridas. Uma paixão que descobriu há um ano, quando passou suas férias em hotel que tinha um atelier.
"Voltamos para casa e só queria pintar, pintar, pintar", conta sua mãe Lisa Schwarz, de 33 anos, à AFP.
Seus pais decidiram criar um pequeno atelier em um canto da casa, compraram para ele algumas telas e tintas. Também abriram uma conta no Instagram na qual publicam fotos e vídeos das obras.
"Em quatro semanas, alcançamos 10.000 seguidores", recorda Lisa Schwarz, que afirma que inicialmente buscava compartilhar imagens do trabalho de seu filho com familiares e amigos.
Pouco depois, no entanto, chegaram as primeiras propostas de galerias, alimentadas pelo entusiasmo da imprensa e das redes sociais.
O pequeno menino prodígio tem agora 90.000 seguidores. E compradores de todo o mundo deram lances de até centenas de milhares de euros por suas obras em um leilão que aconteceu em Neubeuern no final de setembro.
"Entre os interessados havia um famoso ator americano, famílias da realeza (...) Foi incrível", recorda Lisa Schwarz.
Pequenos prodígios do pincel
Não é comum ver fenômenos desse tipo entre crianças, retratadas na imprensa como novos "pequenos Picasso".
Em 2022, por exemplo, o americano Andrés Valencia vendia suas obras inspiradas no pintor espanhol do cubismo por centenas de milhares de euros.
Antes dele, foi a artista romena-americana Alexandra Nechita, apelidada de "Pequena Picasso" no final da década de 1990. Ela chamou a atenção da comunidade artística com apenas 12 anos, mas há outros casos similares no mundo.
Os pais de Laurent Schwarz contam que ainda os surpreende a reviravolta que a aventura de seu filho deu.
Afirmam que o dinheiro que recebem por suas obras vai para uma conta no nome da criança, e que ele poderá utilizá-lo como quiser quando se tornar adulto.
"Pode estudar pintura, comprar um carro, tocar um instrumento ou jogar futebol (...) Ele escolherá", promete seu pais Philippe Schwarz, de 43 anos.
"O importante, para nós, é que ele esteja feliz", diz.
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