Líder ucraniano Volodymyr Zelensky AFP
Voluntário da ONU é preso na Ucrânia acusado de espionar para Rússia
Desde que a invasão russa começou, Kiev iniciou várias investigações de colaboração e traição, acusações que podem levar a penas elevadas
O governo ucraniano anunciou nesta segunda-feira (28) que prendeu um ucraniano que trabalhava como voluntário da ONU para o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), acusado de "espionagem" para as forças russas no leste do país.
"Com o pretexto de voluntariado, o traidor espionava as posições das forças de defesa no setor de Pokrovsk", declarou o Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) em um comunicado.
Desde que a invasão russa da Ucrânia começou, em fevereiro de 2022, Kiev iniciou várias investigações de colaboração e traição, acusações que podem levar a penas elevadas de prisão.
"Durante as operações, o SBU apreendeu o celular do detido com uma conversa anônima em um serviço de mensagens, que ele usou para se comunicar com um oficial dos FSB", os serviços de inteligência russos, segundo o comunicado.
O SBU indicou que o acusado, de 34 anos, deveria identificar as posições das forças ucranianas e de sua artilharia na cidade de Pokrovsk e arredores, para que a Rússia pudesse atacar com drones e bombas guiadas.
A Ucrânia perde terreno há meses no Donbass, no leste do país, para tropas russas mais numerosas e armadas. Segundo o SBU, o suspeito, já detido, pode ser condenado a "prisão perpétua e apreensão de seus bens".
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