Motivo do assassinato é desconhecido, mas nos estojos de bala encontrados havia palavras como "atrasar" ou "negar"Reprodução
Steve Moore, ex-agente especial do FBI, afirmou que o planejamento do ataque contrasta com a imprudência do suspeito, que foi flagrado deixando rastros como itens descartados e sua própria face visível em câmeras de segurança. "É quase como se ele tivesse lido um manual, mas não o seguiu com atenção", disse Moore. Ele destacou que itens como uma garrafa de água abandonada na cena do crime podem conter DNA, oferecendo uma pista valiosa às autoridades.
Imagens de segurança do hostel mostram o suspeito em um momento descontraído, sorrindo e abaixando sua máscara enquanto flertava com uma funcionária. Apesar disso, especialistas acreditam que, se ele nunca foi preso antes, as autoridades podem enfrentar dificuldades em identificá-lo usando biometria.
Felipe Rodriguez, ex-sargento da NYPD, acredita que o suspeito tentou “se tornar um fantasma”, usando estratégias para evitar ser detectado, como mudar de roupa rapidamente em locais estratégicos, como o Central Park. Vídeos de vigilância mostram o suspeito fugindo da cena em uma bicicleta elétrica, provavelmente em direção ao parque para despistar a polícia.
Com o terceiro dia de buscas em andamento, as autoridades continuam analisando as evidências e rastreando o suspeito com base em vídeos de vigilância e informações obtidas. O caso segue chamando atenção pela combinação de planejamento meticuloso e lapsos que podem levar à captura do assassino.
A polícia acredita que o atirador provavelmente tenha agido sozinho, embora apresentasse sinais de experiência com armas de fogo e tenha utilizado um silenciador — um recurso raro até mesmo entre criminosos profissionais. Ele também parecia conhecer detalhes precisos, como a porta pela qual seu alvo entraria no hotel, o que indica planejamento. No entanto, as autoridades descartam a hipótese de que ele fosse um assassino de aluguel.
O crime gerou uma onda de críticas contra as companhias de seguros, em vez de indignação pública, refletindo o descontentamento com um sistema onde uma doença prolongada pode levar muitas famílias à ruína financeira. Esse cenário se torna ainda mais relevante considerando a posição da UnitedHealth Group, uma das maiores empresas de seguros médicos dos Estados Unidos. A empresa, que emprega 440 mil pessoas, registrou no ano passado um faturamento de 281 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,7 trilhão). Sua subsidiária de seguros, liderada por Brian Thompson — cuja remuneração alcançou 10,2 milhões de dólares (aproximadamente R$ 61,4 milhões) —, desempenha um papel central nesse setor.
Nos últimos anos, alimentadas pelas redes sociais, as ameaças contra executivos e suas famílias aumentaram significativamente, especialmente em áreas como saúde, biomedicina e farmacêutica. Segundo Chris Pierson, diretor-executivo da BlackCloak, uma empresa de proteção digital especializada na segurança desses profissionais, esse fenômeno reflete as tensões crescentes em torno desses setores críticos, como relatado pela imprensa local.




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