Catar atua como mediador nas negociações para alcançar uma trégua e a libertação dos refénsReprodução
"As negociações indiretas serão retomadas hoje, sexta-feira, em Doha, a capital do Catar", afirmou o Hamas, que governa o estreito território palestino.
"Como sempre, o movimento reafirma sua seriedade, sua positividade e seu compromisso para alcançar, no menor tempo possível, um acordo que atenda às aspirações [...] de nosso povo [...], sobretudo o fim da agressão e a proteção de nosso povo frente ao genocídio levado a cabo pela ocupação" israelense, declarou.
O grupo islamista acrescentou que as discussões se concentrarão na "garantia de que um acordo leve ao cessar total das hostilidades, à retirada das forças de ocupação da Faixa de Gaza, ao desenho de mecanismos de implementação [do acordo] e ao retorno das pessoas deslocadas às suas casas".
Israel ainda não reagiu a essas declarações.
Há mais de um ano, o Catar atua como mediador, juntamente com os Estados Unidos e o Egito, nas negociações para alcançar uma trégua e a libertação dos reféns que continuam detidos em Gaza desde o ataque do Hamas em Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023, que desencadeou o conflito.
Apesar dos intensos esforços diplomáticos, não foi alcançado nenhum cessar-fogo desde a trégua de uma semana firmada no final de novembro de 2023, durante a qual reféns foram libertados em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou na quinta-feira os negociadores israelenses a prosseguirem com as discussões no Catar.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do grupo islamista em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causou a morte de 1.208 pessoas, em sua maioria civis, segundo um levantamento baseado em dados oficiais.
A campanha de retaliação israelense em Gaza matou mais de 45.600 palestinos, de acordo com dados do Ministério da Saúde desse território governado pelo Hamas, que a ONU considera confiáveis.
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