Tomiko Itooka morreu aos 116 anos no JapãoHandout / Courtesy of Ashiya City / AFP

A pessoa mais velha do mundo morreu de causas naturais no domingo (29), em Ashiya, no Japão. Tomiko Itooka, de 116 anos, viveu nos últimos cinco anos em uma casa de repouso. Após o falecimento da japonesa, a freira brasileira Inah Canabarro Lucas, também com 116, se tornou a pessoa mais velha do mundo. As informações são de LongeviQuest, grupo de pesquisadores que monitora e mapeia pessoas com 110 anos ou mais.
Tomiko recebeu o título de pessoa mais velha do mundo em agosto de 2024, após a morte de Maria Branyas Morera, 117. Em setembro do mesmo ano, ela foi visitada pelo Guiness World Recors para receber o certificado oficial.
Conheça Tomiko Itooka

Nascida em 23 de maio de 1908, na cidade de Osaka, no Japão, Tomiko concluiu seus estudos na Osaka Jogakuin Junior and Senior High School. Ela se casou no início de seus 20 anos e teve quatro filhos: duas meninas e dois meninos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a japonesa assumiu o lugar do seu marido na administração da fábrica Têxtil dele, além de cuidar das crianças. Após o falecimento dele em 1979, ela se mudou para a província de Nara, onde passou a viver sozinha. Tomiko adotou o hábito de realizar caminhadas e chegou a escalar o Monte Ontake, de mais de 3.000 metros de altura, duas vezes.

Em maio de 2024, ao comemorar o aniversário de 116 anos, recebeu a visita do prefeito de Ashiya, que lhe presenteou com flores, um bolo e um cartão. Tomiko Itooka deixa um filho, uma filha e cinco netos.
Quem é a freira brasileira Inah Canabarro Lucas ?

Inah Canabarro Lucas nasceu em São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, em 8 de junho de 1908. A freira ocupa a vigésima posição na lista das pessoas que viveram por mais tempo no mundo. O recorde pertence a francesa Jeanne Calment, que faleceu aos 122 anos em 1997.
A freira brasileira Inah Canabarro Lucas de 116 anos  - Reprodução / LongeviQuest
A freira brasileira Inah Canabarro Lucas de 116 anos Reprodução / LongeviQuest


Ela iniciou a jornada religiosa aos 16 anos, quando ingressou no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. Posteriormente, mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, onde fez os votos de freira em 27 de dezembro de 1928. Em 1930, Inah retornou ao Brasil e passou a lecionar português e matemática em uma escola na Tijuca, no Rio de Janeiro.

Em 2018, em seu 110º aniversário, foi homenageada com uma bênção apostólica do Papa Francisco, acompanhada de um certificado exibido no espaço de recordações da comunidade onde reside.

A mulher é a segunda freira mais velha já documentada, ficando atrás apenas de Lucile Randon, conhecida como Irmã André, que foi a pessoa mais velha do mundo até sua morte aos 118 anos, em 2023.