Os motivos exatos da maioria dos suicídios de estudantes são desconhecidosJosé Cruz / Agência Brasil
Japão registra recorde de suicídios entre estudantes
O número entre alunos do ensino fundamental e médio subiu para 527 em 2024
O Japão registou em 2024 um número recorde de suicídios entre estudantes, segundo os dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (29).
O número entre alunos do ensino fundamental e médio subiu para 527 no ano passado, após 513 casos em 2023, informou o ministério.
O número total de pessoas de todas as idades que cometeram suicídio caiu 7,2%, a 20.268, longe do recorde de 34.427 casos de 2003.
O número entre as pessoas com menos de 20 anos, incluindo os estudantes, também registrou queda, de 810 em 2023 para 800 em 2024.
"Levamos o assunto com muita seriedade", disse o vice-chefe de gabinete do governo japonês, Keiichiro Tachibana, em uma entrevista coletiva.
"Vamos continuar fazendo o possível para adotar medidas para proteger a vida das crianças e criar uma sociedade onde ninguém se sinta pressionado a tirar a própria vida", acrescentou.
O número de suicídios entre adolescentes geralmente aumenta no Japão no final das férias de verão, entre agosto e setembro, o que leva o governo e a imprensa a intensificar os apelos para que jovens procurem ajuda.
Os motivos exatos da maioria dos suicídios de estudantes são desconhecidos.
Análises anteriores mostraram que os adolescentes enfrentam uma série de pressões relacionadas aos estudos, bullying, relacionamentos, escolha de carreira e saúde.
Ajuda
Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais, é fundamental buscar apoio. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e sigilosos 24 horas por dia pelo telefone 188 ou pelo site deles, sendo possível conversar com voluntários treinados para oferecer apoio emocional.
Além disso, serviços de saúde mental, como o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), unidades de pronto atendimento e hospitais também estão disponíveis para quem precisa.
* Com informações da AFP