Cyril Ramaphosa negou que o objetivo da lei seja confiscar terras, como alegou TrumpALFREDO ZUNIGA, Ting Shen / AFP
A presidência sul-africana negou que o objetivo da lei seja "confiscar terras", como alegou Trump, e classificou como "decepcionante" a aceitação de tais narrativas entre autoridades dos EUA. A lei em questão permite a expropriação de terras para reforma agrária, mas o governo sul-africano insiste que o processo será conduzido de forma justa e dentro da legalidade.
A questão da propriedade da terra é altamente sensível na África do Sul, onde a maioria das terras agrícolas ainda pertence à minoria branca, quase três décadas após o fim do apartheid. O governo enfrenta pressão para implementar reformas que promovam maior igualdade.
O presidente Cyril Ramaphosa afirmou que o país "não será intimidado" pelas críticas de Washington. "Como sul-africanos, somos um povo resiliente. E não seremos desencorajados", declarou em discurso no Parlamento, na Cidade do Cabo, marcando o início do ano legislativo. Embora não tenha mencionado diretamente os EUA, Ramaphosa criticou a "ascensão do nacionalismo, do protecionismo e do declínio da solidariedade global".
A tensão entre os dois países reflete divergências mais amplas, incluindo posicionamentos conflitantes sobre a guerra em Gaza e outras questões de política externa.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.