Manifestantes gritavam 'lutem contra os nazistas, não contra os estudantes'Reprodução
Manifestantes judeus tomam a Trump Tower para exigir a libertação do ativista Mahmoud Khalil
Ativistas estavam vestidos com camisetas vermelhas com letras brancas, em referência ao slogan 'Make America Great Again'
Cerca de 200 ativistas da organização Jewish Voice for Peace realizaram, nesta quinta-feira (13), um protesto relâmpago dentro da Trump Tower, em Nova York. O grupo denunciou a repressão à liberdade de expressão e criticou a postura do ex-presidente Donald Trump em relação aos protestos pró-Palestina.
Vestidos com camisetas vermelhas com letras brancas, em referência ao slogan "Make America Great Again", os manifestantes exibiram faixas e entoaram palavras de ordem contra Trump. "Lutem contra os nazistas, não contra os estudantes", gritaram antes que alguns fossem detidos, conforme testemunhado por jornalistas da AFP. A polícia de Nova York, no entanto, não confirmou as detenções.
O protesto foi motivado pela prisão de Mahmoud Khalil, ativista e porta-voz do movimento estudantil da Universidade de Columbia contra a guerra de Israel em Gaza. Khalil, que possui um green card de residente permanente nos EUA, aguarda deportação. "Liberdade para Mahmoud, liberdade para a Palestina", dizia uma das faixas erguidas pelos manifestantes.
"Estou aqui para me inspirar nos judeus de Nova York que exigem a libertação de Mahmoud Khalil e para que nosso judaísmo não seja usado como arma para violar direitos e enfraquecer a democracia", afirmou James Schamus, professor da Universidade de Columbia. Para ele, a política de Trump contra o antissemitismo é uma "cortina de fumaça" para reprimir críticas a Israel.
Nos últimos dias, Trump intensificou ataques contra universidades e anunciou cortes orçamentários para instituições que não combatam o antissemitismo conforme sua interpretação. Sua administração já bloqueou US$ 400 milhões (R$ 2,3 bilhões) em subsídios e contratos com Columbia. Além disso, ele prometeu deportar estrangeiros envolvidos nos protestos, afirmando que o caso de Khalil será "apenas o primeiro de muitos".
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