Documento citou a vontade de Cuba e China de apoiar o governo de Leonel BrizolaReprodução

O Brasil foi citado em arquivos sobre o assassinato do então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1963. Os documentos foram divulgados nesta terça-feira (18).
Um trecho do material divulgado, de 1961, aponta que o governador do Rio Grande do Sul à época, Leonel Brizola, negou apoio oferecido por Cuba e China, através de seus chefes de Estado, Fidel Castro e Mao Tse-Tung, respectivamente. 
Os dois países apoiavam a ideia de Brizola de garantir que João Goulart seria presidente após a renúncia de Jânio Quadros. Tratava-se de uma "ajuda material", incluindo voluntários dessas duas nações.
Parte da recusa do governador seria relacionada à vontade de manter boas relações com os EUA.
Outra parte do documento se refere sequencialmente ao apoio de Cuba ao governo de João Goulart. Segundo os relatórios norte-americanos, a derrubada daquele governo, sendo substituído pela Ditadura Militar em 1964.
Apesar disso, o relatório aponta que o país caribenho seguiu financiando e dando apoio a movimentos dentro dos países latino-americanos, como Brasil e Argentina.
Arquivos publicados
Os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos publicaram nesta terça-feira (18), por ordem de Donald Trump, o último lote de documentos classificados sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963, um caso que ainda alimenta teorias conspiratórias mais de 60 anos depois.
Poucos dias após retornar à Casa Branca em janeiro, Trump emitiu uma ordem executiva que dispõe a publicação sem censura dos arquivos relacionados com os assassinatos de Kennedy, do seu irmão Robert F. Kennedy e do líder de direitos civis Martin Luther King Jr.

A agência publicou nas últimas décadas milhões de páginas de registros sobre o homicídio do então presidente Kennedy em novembro de 1963, mas milhares de documentos permaneciam sob sigilo a pedido da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) e do FBI (polícia federal), por razões de segurança nacional.
Com informações da AFP.