Norueguês diz que OpenAI viola princípio de precisão do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da UEReprodução

Um cidadão norueguês entrou com uma queixa contra o ChatGPT após descobrir que a ferramenta de IA o descrevia erroneamente como um criminoso responsável pela morte de dois de seus filhos.
"O que mais me assusta é que alguém possa ler isso e pensar que é verdade", afirmou Arve Hjalmar Holmen em um comunicado, representado pela associação austríaca Noyb, que defende a proteção da privacidade.
Desde o incidente, a OpenAI, criadora do chatbot, atualizou seu modelo para corrigir o erro, mas a Noyb alerta que os dados falsos ainda podem estar armazenados nos sistemas internos.
"O ChatGPT frequentemente fornece informações falsas, que podem causar sérios danos à reputação das pessoas, acusando-as injustamente de corrupção, abuso de menores e até assassinato", denunciou a ONG.
Segundo a Noyb, ao permitir que sua IA gere informações difamatórias, a OpenAI estaria violando o princípio de precisão do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia. A organização exige a remoção dos dados incorretos, melhorias no modelo e a aplicação de uma multa administrativa à empresa.
Lançado no final de 2022, o ChatGPT popularizou o uso da inteligência artificial, mas casos como este levantam debates sobre os riscos e a responsabilidade das empresas no desenvolvimento da tecnologia.