Daniel Noboa, presidente do Equador, trava desde o ano passado uma guerra contra grupos do narcotráficoPierre-Philippe Marcou / AFP

O Equador identificou neste sábado um vazamento em um duto que transporta combustíveis na região amazônica, que o governo atribuiu a um atentado, dias após outro vazamento afetar milhares de pessoas.
Segundo o Ministério da Energia, o vazamento foi registrado na província de Napo. A pasta não informou a sua magnitude, nem se o vazamento se estendeu ao rio Coca. Funcionários instalavam uma barreira de contenção no rio, para evitar que o vazamento chegue à central hídrica Coca Codo Sinclair, que tem capacidade para atender cerca de 30% da demanda nacional.
Em meio ao contexto eleitoral, a ministra da Energia, Inés Manzano, denunciou supostos planos de sabotagem contra a infraestrutura petrolífera para afetar o abastecimento de água às populações da Amazônia, de onde é extraído o petróleo bruto, e a Quito, que tem 3 milhões de habitantes.
O segundo turno das eleições presidenciais no Equador será disputado no próximo dia 13 de abril. O presidente do país, Daniel Noboa, anunciou hoje no X o assassinato de um membro do seu partido, o ex-funcionário municipal Narciso Saldarriaga, na véspera da retomada da campanha eleitoral.
O crime ocorreu na cidade de Canuto. Segundo Noboa, Saldarriaga era "delegado de controle eleitoral" do movimento ADN em Manabí, província onde atuam grupos do crime organizado.
"Isso não ficará impune", alertou o presidente. "Querem se impor pelo medo, como fizeram por mais de uma década."
Mais de 30 políticos, autoridades judiciais e jornalistas foram assassinados desde 2023 no Equador, incluindo o candidato à Presidência Fernando Villavicencio, baleado antes do primeiro turno.
Noboa trava desde o ano passado uma guerra contra grupos do narcotráfico que lutam pelo poder.