Trump já havia tentado adquirir a Groenlândia durante primeiro mandato (2017-2021)AFP
A declaração foi feita após Washington optar por reduzir a agenda da viagem, restringindo-a a uma base militar americana, medida que foi bem recebida pela Dinamarca. Ainda assim, Trump reforçou sua posição sobre a necessidade de controle da ilha. "Odeio dizer isso assim, mas vamos ter que tomá-la", afirmou em entrevista ao podcaster Vince Coglianese.
Histórico de Interesse Americano e Reações
O governo dinamarquês classificou a visita da delegação americana como uma "pressão inaceitável", especialmente em meio ao processo de transição política na Groenlândia, que realizou eleições legislativas em 11 de março e aguarda a formação de um novo governo. O governo interino pediu "respeito" ao momento político e ressaltou que não emitiu convites para a visita.
Uma pesquisa realizada em janeiro indicou ampla rejeição da população à ideia de uma compra da ilha pelos EUA. A Groenlândia, que abriga cerca de 57 mil habitantes, majoritariamente inuítes, possui autonomia dentro do Reino da Dinamarca, mas Copenhague ainda controla a diplomacia, a defesa e a política monetária do território.
Agenda da Visita de Vance
O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Løkke Rasmussen, comemorou a decisão de limitar a visita: "Acho muito positivo que os americanos tenham cancelado a interação com a sociedade groenlandesa e apenas visitem sua própria base."
Recursos Naturais e Disputa Geopolítica
Apesar de todos os partidos locais defenderem a independência da Groenlândia, há divergências sobre o ritmo desse processo. A visita de Vance e as declarações de Trump reacendem o debate sobre o futuro estratégico da ilha e sua posição na geopolítica global.
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