Aos 68 anos, Leão XIV assume o papado com uma história únicaAFP
Veja, a seguir, alguns fatos sobre a vida do novo pontífice, nascido nos Estados Unidos em 1955 e naturalizado peruano em 2015.
"Ele sempre foi torcedor do White Sox", disse seu irmão John Prevost à WGN, depois que o time arquirrival divulgou no telão de seu estádio Wrigley Field: "ELE É TORCEDOR DOS CUBS".
Este é um assunto que não permite confusões.
Suas orações serão úteis para o time que não vence a World Series desde 2005.
"A fé tem um novo capitão e ele tem nacionalidade peruana", escreveu a Federação Peruana, que também precisa de um milagre.
Leão XIV trabalhou como missionário no Peru por décadas e, segundo a imprensa local, é torcedor do Alianza Lima.
Seu antecessor, Francisco, também era um apaixonado torcedor de futebol.
O novo papa também é um ávido jogador de tênis. "Desde que saí do Peru, tive pouquíssimas oportunidades de treinar, então estou ansioso para voltar às quadras", disse ele em uma entrevista de 2023 à Ordem Agostiniana.
Ele viveu no país por quase 20 anos, período em que se apaixonou pela culinária peruana.
"Ele adorava carne de cabrito, arroz com pato e ceviche; eram seus pratos favoritos", disse Edison Farfán, bispo de Chiclayo, da qual Prevost era arcebispo emérito.
Em seu primeiro discurso diante de milhares de fiéis no Vaticano, Leão XIV falou brevemente em espanhol fluente. Não falou em inglês.
Ele lembrou do "povo fiel" de Chiclayo que deu "tanto" para "continuar sendo uma Igreja fiel".
Ele foi "muito feliz no Peru", disse em entrevista à Ordem Agostiniana, lembrando do momento em que Francisco lhe pediu para se mudar para Roma e assumir um papel importante em seu governo.
"Quando estava na faculdade, ele tinha um pequeno trabalho paralelo: era jardineiro de uma das paróquias", afirmou o arcebispo daquela cidade, Nelson J. Pérez, surpreso com a escolha.
"Não é uma história extraordinária? O papa trabalhou aqui", acrescentou, sorridente.
Ele abriu sua conta no X há 14 anos, período em que publicou mais de 400 mensagens, nas quais expressou sua opinião sobre uma ampla gama de tópicos delicados: racismo, abuso sexual pelo clero, a pandemia de covid-19, o assassinato de George Floyd por policiais dos EUA e a invasão russa da Ucrânia.
Em 2017, ele compartilhou um artigo de opinião em sua conta afirmando que os Estados Unidos estavam vivendo "um período sombrio" em sua história e, mais recentemente, atacou a visão de Vance de priorizar seus compatriotas em detrimento dos imigrantes.
"JD Vance está errado: Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros", ele postou.
O presidente Donald Trump comemorou sua eleição, mas seus apoiadores de extrema direita rapidamente tacharam o novo papa de "marxista e 'woke'", termo usado para criticar pessoas alinhadas com pautas de esquerda.
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