Agência atômica da ONU convoca reunião de emergência para esta segundaArquivo / AFP
“O regime de não proliferação [de armas] nuclear, que tem sido o passe de segurança internacional durante mais de meio século, está em jogo”, declarou o diretor argentino.
Ele contextualizou a situação após os ataques aéreos dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, na noite de sábado (21), que podem gerar a possibilidade de agravamento e ampliação do conflito na região, prevê a autoridade.
Inspeções
“Os inspetores da AIEA estão no Irã têm que fazer seu trabalho. E isto exige o cessar das hostilidades para que o Irã possa conduzir as equipes a diferentes lugares, em condições adequadas e necessárias de segurança e proteção.”
O diretor-geral da agência atômica destacou que é preciso verificar os danos dos ataques norte- americanos a localidades do país persa, que fazem enriquecimento de urânio: a usina nuclear de Fordow; os prédios e túneis de armazenamento de material enriquecido de Isfahan e a central de combustíveis da usina de Natanz.
A principal usina iraniana de enriquecimento de urânio é a Fordow, construída dentro de uma montanha. O diretor garantiu que os técnicos teriam condições de avaliar os danos subterrâneos às instalações nucleares de Fordow, após o bombardeio.
Teerã, de sua parte, confirmou à AIEA, que os níveis de radiação nas três localidades não aumentaram até o momento.
Diálogo
“Se perdermos esta oportunidade, a destruição poderia alcançar proporções impensáveis e o regime mundial de não proliferação [de armas nucleares] desmoronaria e se acabaria”, previu Mariano Grossi.
Citando o que disse, antes dele, o secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, na mesma reunião, Israel, Irã, Estados Unidos e o Oriente Médio necessitam da paz e estes atores precisam voltar à mesa de negociação.
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