Mike Tyson é apoiador de Donald Trump, mas pediu reforma na legislação de cannabis nos EUAReprodução / Instagram
Mike Tyson e outros famosos fazem apelo a Trump por mudança nas leis de maconha nos EUA
Movimento pede reclassificação da substância pela agência nacional de drogas, entre outras reivindicações
O ex-boxeador Mike Tyson liderou um movimento de famosos que pede uma reforma na legislação de maconha dos Estados Unidos ao presidente Donald Trump, através de carta enviada à Casa Branca. A coalizão conta com nomes como o astro da NBA Kevin Durant, o rapper Lil Pump e o também ex-lutador Roy Jones Jr.
De acordo com publicação do jornal "Daily Mail" desta sexta-feira (27), o grupo, chamado de "Coalizão de Atletas e Artistas que Apoiam os Objetivos Políticos do Presidente Trump", fez críticas ao ex-presidente Joe Biden e enumerou pedidos ao atual mandatário.
O texto começou apelo à redução de penas causadas pelo porte da planta. "Hoje, as pessoas continuam cumprindo longas sentenças federais por condutas que agora são legais na maioria dos estados — o que torna seu encarceramento contínuo não apenas cruel, mas absurdo. Depois de fazer promessas radicais aos eleitores em 2020, o ex-presidente Biden não cumpriu sua promessa de lidar com as injustiças relacionadas à maconha", diz o texto.
"Acreditamos que essa traição apenas ressalta a necessidade urgente de uma liderança ousada e representa uma oportunidade para corrigir disparidades gritantes como parte do esforço contínuo do seu governo para a reforma da justiça criminal", afirma o comunicado.
O movimento também luta pela reclassificação da substância da Lista I para a Lista III, mencionando a forma como a Agência de Repressão às Drogas americana (DEA) nivela os entorpecentes de acordo com seu potencial lesivo. As drogas da primeira categoria são consideradas as mais perigosas, enquanto as da terceira, aceitas para uso médico no país.
A classificação atual da maconha como uma substância da Tabela I é cientificamente desatualizada, economicamente prejudicial e está em desacordo com o conhecimento médico moderno. Reclassificar a maconha harmonizaria a lei federal com as políticas estaduais, promoveria a inovação, incentivaria a pesquisa e impulsionaria o crescimento econômico.'
O último pedido da carta fala de uma investigação chamada "Operação Ponto de Estrangulamento". Ela mirou bancos e acordos de instituições financeiras com revendedores de armas de fogo e empresas que corriam risco de fraude ou lavagem de dinheiro.
Segundo a coalizão, empresas de maconha foram afetadas pela iniciativa. "Operadores de cannabis legalizados pelo estado, incluindo muitos de nós, também tiveram serviços bancários injustamente negados, apesar do cumprimento total da lei estadual", argumenta o texto.
"Apesar de operar legalmente em 40 estados, empregar mais de 450.000 americanos e gerar mais de US$ 35 bilhões anualmente, essas empresas enfrentam barreiras injustas aos serviços bancários, e seus funcionários lutam para obter hipotecas de credores tradicionais."

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