Presidente francês, Emmanuel Macron e o rei britânico, Charles IIIAFP
A Europa e o Reino Unido devem "abrir novos caminhos de cooperação" perante os "grandes desafios" mundiais, acrescentou.
Macron e sua esposa, Brigitte, foram resgatados pelo príncipe herdeiro William e sua mulher Kate na pista da base militar de Northolt, ao oeste de Londres, onde o avião presidencial pousou.
O casal presidencial bateu então para o Castelo de Windsor (ao oeste de Londres), onde foi oficialmente recebido pelo rei Charles III e pela rainha Camilla, quase dois anos depois da sua visita ao Estado da França.
Após ouvirem a Marselhesa, os dois casais sentaram-se em carruagens reais que percorreram a rua principal de Windsor, adornada com bandeiras britânicas e francesas, até o castelo, onde Macron e sua esposa ficaram hospedados.
O rei e o presidente francês viajaram na primeira carruagem, seguidos por que transportaram a rainha Camilla e Brigitte Macron. As duas mulheres se cumprimentaram com um beijo na bochecha, quebrando o protocolo real.
A guerra na Ucrânia, que mais uma vez colocou as questões de defesa e segurança no centro das preocupações europeias, mudou ainda mais os dois aliados, as principais potências militares do continente.
"Nossos dois países enfrentam uma variedade de ameaças complexas, recebidas de múltiplas combinações. Como amigos e aliados, as enfrentamos juntos", disse o rei durante seu discurso antes do jantar de Estado nesta terça-feira.
Esta visita, a primeira de um presidente francês desde Nicolas Sarkozy em 2008 e de um líder europeu desde a coroação de Charles III, foi saudada na segunda-feira (7) como "histórica" por Downing Street.
Na frente política, uma cúpula bilateral na quinta-feira (10) deve confirmar o fortalecimento da cooperação em defesa e o não combate à imigração irregular.
Macron também fará um discurso no Parlamento esta tarde. Na quarta-feira (9) , ele se encontrará com Starmer em Downing Street, participará de um evento sobre inteligência artificial e de um jantar na cidade de Londres.
Na frente econômica, Paris espera progressos no projeto da usina nuclear Sizewell C, que aguarda uma decisão final de investimento.
Uma visita ao Museu Britânico também está programada. Na quinta, acontecerá uma cúpula bilateral, onde se espera avanços, especialmente na área de defesa.
Imigração
Lançada em março, a iniciativa continua dependente de negociações iniciadas com a mediação do governo do presidente americano, Donald Trump.
Do lado britânico, as expectativas são altas em relação ao combate à imigração irregular, após um número recorde de chegadas pelo Canal da Mancha desde janeiro.
Londres pressionou há meses para que as autoridades francesas intervenham para dissuadir as pequenas embarcações. Atualmente, segundo a lei marítima, uma vez que as embarcações estão na água, as autoridades francesas intervêm apenas em operações de resgate.
Sobre esta questão delicada, Londres e Paris também discutem uma possível troca de imigrantes. O Reino Unido aceitaria alguns e enviaria o mesmo número de volta para a França.
Segundo diversos veículos de comunicação, este projeto envolve alguns países europeus, que temem que a França devolva esses imigrantes ao primeiro país da UE em que chegam.

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