Trump homenageou o ativista Charlie Kirk no funeral neste domingo Charly Triballeau / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou neste domingo (21) a perda do líder da juventude conservadora Charlie Kirk em um evento em sua homenagem no estado do Arizona, 11 dias após o assassinato a tiros do influente ativista conservador na semana passada.
"Há menos de duas semanas, nosso país foi privado de uma das figuras mais brilhantes de nossa época", declarou Trump diante da multidão.
Desde as primeiras horas do dia, dezenas de milhares de americanos se dirigiram ao State Farm Stadium, na cidade de Phoenix, capital do estado.
Ele completou-se referindo ao ativista de 31 anos como: "Um gigante de sua geração e, acima de tudo, um marido devoto, pai, filho, cristão e patriota". 
"Mártir"

Antes do amanhecer, milhares de pessoas faziam fila na esperança de entrar no estádio, com capacidade para 63 mil espectadores, onde se celebrava o serviço em homenagem ao líder conservador considerado um impulsionador da reeleição de Trump.

Muitos dos presentes vestiam roupas com as cores vermelho, branco e azul da bandeira americana ou bonés com o icônico slogan de Trump "Make America Great Again" (Façamos a América Grande de Novo).

"Eu o vejo como um mártir de Cristo, sem dúvida", disse Monica Mirelez, uma texana de 44 anos que dirigiu 12 horas para assistir ao serviço.

Kirk, de 31 anos, recebeu um tiro no pescoço em 10 de setembro enquanto falava em uma universidade de Utah como parte de sua popular série de debates públicos.

As autoridades prenderam um suspeito após 33 horas de busca, e a Promotoria solicitou a pena de morte no caso.

O assassinato do líder conservador, fundador do grupo juvenil de direita Turning Point USA, aprofundou ainda mais as acirradas divisões políticas nos Estados Unidos.

As autoridades afirmam que o suposto atirador, de 22 anos, citou como motivo de seu crime o "ódio" que, segundo ele, era alimentado por Kirk, que era um crítico mordaz das pessoas transgênero, dos muçulmanos e de outros.

Kirk utilizava seus milhões de seguidores nas redes sociais, a enorme audiência de seu podcast e suas aparições em universidades para impulsionar Trump entre os jovens e defender uma ideologia política nacionalista e cristã.

Mesmo antes de o suspeito ser identificado ou preso, Trump qualificou Kirk como "mártir da verdade e da liberdade" e culpou seu assassinato à retórica da "esquerda radical".

Repressão do 'terrorismo doméstico'

A viúva de Kirk, Erika Kirk, que assumirá a liderança da Turning Point USA, também falará ao público no estádio State Farm, em Glendale.

Em resposta ao assassinato, a Casa Branca anunciou na semana passada que adotaria medidas enérgicas contra o que chama de "terrorismo doméstico" por parte da esquerda.

Trump disse que designaria o movimento Antifa, uma difusa rede de ativistas de esquerda radical que se definem antifascistas, como "organização terrorista".

O apresentador de televisão Jimmy Kimmel teve seu talk-show suspenso na quarta-feira, poucas horas após o governo ameaçar com ações legais devido aos seus comentários sobre o assassinato de Kirk.

As medidas geraram preocupação entre os críticos de Trump, que alertam sobre medidas para silenciar a dissidência durante seu mandato, marcado por retrocessos nas políticas de justiça social e por uma ofensiva contra a imigração que gerou denúncias generalizadas de abusos de direitos.
Assassinato

Kirk foi atingido por um tiro no pescoço em 10 de setembro no momento em que discursava em uma universidade de Utah como parte de sua popular série de debates públicos.

As autoridades prenderam um suspeito após 33 horas de busca e a Promotoria pediu a pena de morte no caso.

O assassinato do líder conservador, fundador do grupo de direita Turning Point USA, aprofundou ainda mais as acirradas divisões políticas nos Estados Unidos.

As autoridades afirmam que o suposto atirador, de 22 anos, citou como motivo de seu crime o "ódio" que, segundo ele, era estimulado por Kirk, que era um crítico ferrenho das pessoas transgênero, dos muçulmanos e de outros grupos.

Kirk utilizava seus milhões de seguidores nas redes sociais, a enorme audiência de seu podcast e suas aparições em universidades para promover Trump entre os jovens e defender uma ideologia política nacionalista e cristã.