Shosh Bedrosian disse que o governo israelense aguarda a entrega dos reféns mantidos pelo HamasFacebook/Reprodução

Jerusalém - Israel começará a libertar os palestinos detidos em prisões israelenses assim que o retorno de todos os reféns mantidos em Gaza for confirmado, afirmou neste domingo, 12, Shosh Bedrosian, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "Os prisioneiros palestinos serão libertados assim que Israel receber a confirmação de que todos os nossos reféns, que serão libertados amanhã, cruzaram a fronteira para o território israelense", disse a porta-voz Shosh Bedrosian à imprensa.

No passado, durante tréguas anteriores no conflito entre Israel e o Hamas, os restos mortais de alguns reféns foram identificados após seu retorno a Tel Aviv. Bedrosian indicou que, enquanto a identificação estiver sendo realizada, os prisioneiros palestinos estarão em ônibus prontos para partir.

"Assim que tivermos a confirmação de que eles [os reféns] entraram em território israelense, os ônibus partirão", acrescentou.
A porta-voz do primeiro-ministro israelense indicou que a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza está prevista para ocorrer na manhã de segunda-feira. "Esperamos que nossos 20 reféns vivos sejam libertados juntos [e entregues] ao mesmo tempo à Cruz Vermelha e transportados em seis ou oito veículos", afirmou Bedrosian.

Os reféns serão entregues às "forças localizadas nas áreas de Gaza controladas por Israel e, em seguida, transferidos para a base de Reim, no sul de Israel, onde se reunirão com suas famílias".

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor na sexta-feira, 10, prevê a troca dos últimos reféns restantes em Gaza por quase 2 mil palestinos mantidos em prisões israelenses, incluindo 250 detidos "por motivos de segurança nacional".

Netanyahu disse na sexta-feira que 20 dos reféns estão vivos e 28 estão mortos. Os restos mortais de um soldado israelense morto em 2014 em uma guerra anterior em Gaza também devem ser devolvidos.
Hamas
O Hamas libertará os reféns ainda mantidos em Gaza na segunda-feira, 13, e não participará do futuro governo do território após a guerra, informou o movimento islamista palestino neste domingo, 12, terceiro dia do cessar-fogo com Israel.

"Segundo o acordo assinado, a troca de prisioneiros começará na manhã de segunda-feira", disse Osama Hamdan, alto funcionário do grupo islamista que governa Gaza desde 2007.

Os dois lados devem agora negociar a implementação do plano de 20 pontos do presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar a guerra. O plano prevê que o grupo palestino se desarme e renuncie ao controle de Gaza após o fim do conflito.

No terceiro dia de cessar-fogo, alguns caminhões com ajuda humanitária cruzaram para Gaza neste domingo, mas moradores de Khan Yunis, no sul, relataram que alguns foram saqueados por pessoas famintas.