Trump comentou que Israel venceu tudo o que pode ser conquistado pela força das armasAFP
"É o fim de uma era de terror, é o começo de uma harmonia duradoura para Israel e todas as nações em uma região que será próspera. É um novo Oriente Médio", disse ele hoje, acrescentando que será uma "era de ouro" para a região.
Trump ainda comentou que Israel venceu tudo o que pode ser conquistado pela força das armas e agradeceu ao enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, bem como ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que ele descreveu como "um homem brilhante".
No início do discurso, Trump chegou a ser interrompido por manifestantes, que foram retirados do parlamento. Ele também enfatizou que o enclave será imediatamente desmilitarizado e o Hamas, desarmado.
De acordo com Trump, os EUA dispõem das melhoras armas do mundo "e demos muitas delas a Israel".
O republicano enfatizou que vai resolver também a guerra entre a Rússia e Ucrânia e que sua administração está ajudando o governo libanês a desarmar o Hezbollah. "Minha personalidade é toda voltada para acabar com guerras; parece funcionar," pontuou.
"A escolha para os palestinos não poderia ser mais clara", disse ele em discurso perante o Parlamento israelense. "É a oportunidade deles de se afastar para sempre do caminho do terrorismo e da violência".
Em um discurso perante o Parlamento israelense, Trump abordou os ataques conjuntos dos EUA e de Israel às principais instalações nucleares da República Islâmica no início deste ano.
"Eles sofreram um grande golpe, não é? (...) Eles sofreram de um lado, do outro, e sabem de uma coisa? Seria ótimo se pudéssemos chegar a um acordo de paz com eles", disse Trump aos parlamentares israelenses.
"Vocês ficariam felizes com isso? Seria ótimo, eu acho. Porque acho que eles querem", afirmou. "Estamos prontos quando vocês estiverem", disse o americano, dirigindo-se ao Irã.
"O Hamas entende que o ataque contra Israel foi um grave erro e esta é a base para uma boa paz: paz através da força", disse Netanyahu ao Parlamento israelense.
Na ocasião, o presidente do parlamento, Amir Ohana, pediu que todos os presidentes de Câmaras e Parlamentos ao redor do mundo endossem a candidatura de Trump para o prêmio Nobel da Paz. "Trump, você é a epítome da paz. Jamais alguém chegou perto de fazer tanto quanto você pela causa", afirmou.
Trump deve seguir viagem para o Egito para uma cúpula com diversos líderes mundiais com o intuito de discutir o futuro da Faixa de Gaza. O republicano brincou com o atraso dos discursos.
"Eles podem não estar lá quando eu chegar, mas vamos tentar", disse Trump, que questionou a duração dos discursos de Netanyahu e do líder da oposição, Yair Lapid.
O governo Trump convidou Netanyahu para a cúpula no Egito, mas o primeiro-ministro recusou por conta da proximidade do feriado judaico de Simchat Torá.
Apesar do alívio dos dois lados, o cessar-fogo e a troca de prisioneiros não encerraram a guerra, e há muitas questões pendentes sobre o que virá a seguir em Gaza, incluindo se o Hamas concordará com a exigência do plano de Trump de se desarmar.
Em seu discurso, Netanyahu disse que Trump é "o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca" e prometeu trabalhar com ele no futuro.
"Senhor presidente, você está comprometido com esta paz. Eu estou comprometido com esta paz", disse ele. "E juntos, Senhor presidente, alcançaremos esta paz."
Trégua
Pelo acordo firmado na semana passada, as forças israelenses recuaram para uma nova linha dentro da Faixa de Gaza na sexta-feira, 10, abrindo um prazo de 72 horas para a libertação dos reféns.
O grupo terrorista Hamas libertou todos os reféns vivos nesta segunda-feira e Tel-Aviv também já libertou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, que foram transportados para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
O Hamas é obrigado, pelo cessar-fogo, a entregar os restos mortais dos reféns falecidos, mas não está claro com que rapidez isso acontecerá. De acordo com o Fórum das Famílias dos Reféns, apenas quatro corpos de sequestrados serão retornados a Israel nesta segunda-feira.
Tel-Aviv acredita que 26 reféns estejam mortos, enquanto o estado de saúde de outros dois reféns não foi confirmado. Autoridades disseram que o Hamas terá que procurar os restos mortais de alguns reféns, o que pode levar algum tempo. (Com agências internacionais)



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