Mulher denunciou os dois policiais, que foram presos e afastados de suas funçõesJoedson Alves/Agência Brasil

Dois policiais, acusados por uma mulher de tê-la estuprado nas dependências do tribunal de Bobigny, nos arredores da capital francesa, foram indiciados e colocados em prisão preventiva neste sábado, 1º, anunciou a procuradora de Paris, Laure Beccuau.

Os agentes são processados por estupro e agressão sexual cometidos por pessoas que abusaram da autoridade conferida por seus cargos, detalhou a procuradora. No momento dos fatos denunciados, a jovem estava na promotoria do tribunal de Bobigny por “descumprimento, por parte de um dos pais, de suas obrigações legais que comprometem a saúde, a segurança, a moralidade ou a educação do filho”, indicou o promotor Éric Mathais em um comunicado.
Na tarde de quarta-feira, 29, “ela revelou ter sido vítima de dois estupros durante a noite de 28 para 29 de outubro, cometidos por dois agentes” da polícia, explicou Mathais, acrescentando que eles haviam sido colocados sob custódia policial na quinta-feira, 30.

Ambos reconheceram ter mantido relações sexuais com a mulher, mas afirmaram que foram consensuais, segundo uma fonte próxima ao caso. O advogado de um dos acusados alegou que se tratava de uma “relação consentida”.

Outra fonte próxima ao caso disse que a jovem tem 26 anos, e os policiais, 35 e 23 anos.

O ministro do Interior, Laurent Nuñez, declarou na quinta-feira que “se confirmados, esses fatos são extremamente graves e inaceitáveis”, acrescentando os dois agentes “foram suspensos imediatamente”.