Dick Cheney foi o 46º vice-presidente norte-americanoAFP
Número dois do presidente republicano George W. Bush durante dois mandatos (2001-2009), Cheney foi conhecido por sua grande influência nos bastidores e é considerado um dos vice-presidentes mais poderosos da história dos Estados Unidos.
“Temos o dever de colocar o país acima de nossas divisões para defender a Constituição”, declarou ao apoiar Kamala.
Cheney foi companheiro de chapa de George W. Bush em duas campanhas presidenciais bem-sucedidas e seu conselheiro mais influente na Casa Branca durante um período marcado pelo terrorismo, a guerra e as mudanças econômicas.
Vítima de problemas coronários durante quase toda sua vida adulta, Cheney sofreu cinco ataques cardíacos entre 1978 e 2010 e usou um marca-passo desde 2001.
Cheney era, na prática, o diretor de operações da presidência de Bush filho. Ele teve participação, muitas vezes decisiva, na implementação de decisões importantíssimas para o presidente e algumas de interesse pessoal - tudo isso enquanto convivia com décadas de problemas cardíacos e, após o término do governo, passou por um transplante de coração.
O político defendeu consistentemente as extraordinárias ferramentas de vigilância, detenção e inquisição empregadas em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Ele estudou na Universidade de Yale, mas abandonou a prestigiosa faculdade da costa leste e acabou obtendo um diploma em Ciências Políticas em casa, na Universidade do Wyoming.
Republicano convicto, Cheney dedicou-se à política e, em 1978, conquistou uma cadeira por Wyoming na Câmara de Representantes, posição que manteve durante a década seguinte.
Nomeado secretário de Defesa pelo presidente George H. W. Bush em 1989, Cheney comandou o Pentágono durante a Guerra do Golfo de 1990-91, na qual uma coalizão liderada pelos Estados Unidos expulsou as tropas iraquianas do Kuwait.
Poder do Executivo
Como vice-presidente, Cheney levou sua ideologia neoconservadora à Casa Branca e desempenhou um papel mais importante na tomada de decisões do que a maioria de seus antecessores no cargo.
Ele ajudou a introduzir uma noção agressiva do Poder Executivo, segundo a qual o presidente deveria operar quase sem restrições por parte dos congressistas ou dos tribunais, especialmente durante períodos de guerra.
A abordagem levou George W. Bush a envolver o país em atoleiros militares no Afeganistão e no Iraque e provocou grande polêmica sobre seu impacto nas liberdades civis.
Cheney foi apontado como um dos principais responsáveis pela decisão de invadir o Iraque após os ataques de 11 de setembro de 2001, executados pela Al-Qaeda.
Suas alegações imprecisas de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa alimentaram o clamor pela guerra antes da invasão americana de 2003.







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