Familiares de adolescente que morreu na UPA de Nilópolis acusam unidade de negligência médica
Em nota, a Prefeitura de Nilópolis negou que tenha ocorrido negligência, mas familiares contestam a afirmação sobre a morte de Gabriel Araújo de Oliveira, de 15 anos
O jovem morreu após machucar o pé, e percorrer três unidades médicas: UPA de Ricardo de Albuquerque, Hospital Municipal Albert Schweitzer, e outras quatro vezes na UPA do Cabuis - Divulgação / PMN
O jovem morreu após machucar o pé, e percorrer três unidades médicas: UPA de Ricardo de Albuquerque, Hospital Municipal Albert Schweitzer, e outras quatro vezes na UPA do CabuisDivulgação / PMN
Nilópolis - Familiares do adolescente Gabriel Araújo de Oliveira, de 15 anos, que morreu no último dia 6 de abril, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cabuis, em Nilópolis, acusam a unidade de negligência médica por parte dos responsáveis pelo atendimento.
Os familiares alegam que o jovem morreu sem explicações ('Causa Indeterminada' foi colocada na Certidão de Óbito), após machucar o pé, e percorrer três unidades médicas: UPA de Ricardo de Albuquerque, Hospital Municipal Albert Schweitzer (Realengo), e quatro vezes na UPA do Cabuis, onde acabou falecendo depois uma parada respiratória.
Segundo ainda os familiares, na penúltima ida a UPA nilopolitana, Gabriel foi liberado após o atendimento médico diagnosticar o problema no pé como Erisipela. Porém, ao chegar à sua residência, o jovem teve que retornar com urgência a unidade por complicações, morrendo posteriormente.
NOTA – PREFEITURA DE NILÓPOLIS
A Prefeitura de Nilópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que o paciente Gabriel Oliveira, de 15 anos, foi atendido anteriormente na UPA Cabuís, quando foi diagnóstico com erisipela bolhosa e, nesse momento com o paciente estável, com sinais vitais normais, iniciada terapia com antibióticos e medicações prescritas de acordo com o quadro clínico do paciente, consta em relato do prontuário médico orientações à família que, em caso de piora, deveria retornar à unidade no prazo de 48 horas.
Ele deu entrada na UPA Cabuís no dia 6 de abril, às 2h, com queda do estado geral, dispneia (falta de ar), e desorientação. Imediatamente, ele foi conduzido à Sala Vermelha com suporte, monitorização. Foram realizados exames bioquímicos (laboratoriais), gasometria (oxigênio), hemograma completo e função renal. A equipe médica chegou ao diagnóstico de embolia pulmonar.
Ele então recebeu medicamentos que são específicos para o quadro clínico apresentado (anticoagulante e antibiótico). Diante da gravidade, a equipe médica de plantão solicitou vaga zero, prioridade na transferência para hospital de grande porte. Enquanto estava em confirmação de reserva para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o paciente teve uma parada cardíaca às 4h, foi feito todo protocolo de ressuscitação cardiopulmonar com êxito.
A médica plantonista entrou novamente em contato com o Cisbaf, reforçando a solicitação de vaga zero, para angiotomografia de torax. E às 4h40 o paciente teve nova parada cardíaca, porém desta vez sem êxito na ressuscitação, evoluindo para óbito às 5h01min.
Hospital Municipal Albert Schweitzer
O Hospital Municipal Albert Schweitzer também negou tenha havido negligência no atendimento médico ao adolescente.
UPA de Ricardo de Albuquerque
A UPA de Ricardo de Albuquerque afirmou que Gabriel foi atendido pelo médico de plantão e não foi diagnosticado naquele momento a necessidade de internação do adolescente.
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