Pais cobram da Prefeitura de Nilópolis a falta de mediadores escolares nas unidades de ensino
Segundo os responsáveis, desde o início do ano letivo não há mediadores nas salas de aulas nilopolitanas, prejudicando o desempenho dos alunos com necessidades educacionais especiais
Mães com seus filhos protestam contra a Prefeitura de Nilópolis pela ausência de mediadores escolares nas salas de aulas - Divulgação
Mães com seus filhos protestam contra a Prefeitura de Nilópolis pela ausência de mediadores escolares nas salas de aulasDivulgação
Nilópolis – Pais e responsáveis de crianças com necessidades educacionais especiais de Nilópolis, que estudam nas escolas municipais, reclamam que desde o início do ano letivo de 2023, não há mediadores escolares nas salas de aulas do município, o que está prejudicando o desempenho dos alunos. A dona de casa, Bruna Tostes, de 26 anos, moradora do Centro, é mãe do menino autista Marcelo Tostes, de 06 anos, que está no primeiro ano do ensino fundamental, na Escola Municipal Jorge Deocleciano de Oliveira, onde segundo ela, há 11 crianças precisando de mediadores.
Segundo Bruna, que é uma das mães que reclamam sobre a falta dos profissionais, muitos pais de crianças PCD já entraram em contato com a Prefeitura de Nilópolis, com a vice-prefeita Flávia Duarte (PL), que é professora e atualmente responde pela Secretaria Municipal de Educação, além de vereadores, mas não há previsão para a solução do problema.
“As crianças necessitam da mediação para facilitar o aprendizado. Elas estão sem orientação. Inclusive, existem alguns que são autistas não verbais. Isso significa que a situação requer mais atenção, mas ninguém do governo municipal apresenta uma posição para nós. Ninguém fala nada. O posicionamento que nós temos é que não existe previsão para a solução do problema”, conta Bruna Tostes.
De acordo ainda com os pais, a prefeitura alega que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP/RJ) está dificultando a contratação dos mediadores. "O que sabemos é que ocorreu uma reunião no dia 12 de abril com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Ministério Público, porém nada foi resolvido. Quando usamos as redes sociais da prefeitura para cobrar respostas, somos bloqueadas”, afirma a dona de casa.
Nesta quarta-feira (03/05), Bruna Tostes esteve no Ministério Público de Nova Iguaçu, para onde está sendo direcionadas as denúncias feitas por nilopolitanos sobre a falta de mediadores escolares nas escolas municipais, no MP/RJ Nilópolis.
“O Ministério Público contestou a informação passada pela prefeitura, nos informando que não tem poder de exigir contratação dos mediadores escolares, que é uma atribuição e responsabilidade da Prefeitura de Nilópolis. Cabendo ao MP/RJ, apenas o poder de fiscalização”, destacou Bruna.
“Inclusive, alegaram para nós que nunca houve de fato mediador. Ano passado não eram mediadores e sim auxiliares que eles colocaram para fazer o papel de mediadores. A vice-prefeita, Flávia Duarte, que é secretária de Educação, usa o Instagram para postar uma educação que não existe. Não há mediadores e também não tem uniforme para as crianças e nem mesmo material escolar”, ressalta Bruna.
Até o fechamento da matéria, não recebemos resposta da Prefeitura de Nilópolis ou da Secretaria Municipal de Educação.
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