O encontro foi no auditório do Campus do IFRJ, no bairro do Frigorífico, na última terça-feira (06)Matheus Carvalho / PMN

Nilópolis - A Secretaria de Cultura de Nilópolis, promoveu a segunda audiência pública para artistas e agentes culturais do municípios que trabalham com audiovisual e outras modalidades artísticas. O encontro foi no auditório do Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), no bairro do Frigorífico, na última terça-feira (06/06).
O subsecretário de Integração Cultural BXD, Augusto Vargas, abriu a mesa, também composta pelo anfitrião do evento, Antonio Carlos, secretário de Cultura de Nilópolis, pelas professoras do IFRJ, Renata Silêncio (coordenadora da faculdade de Produção Cultural) e Vanessa Faria Silva. Antonio Carlos informou que uma minuta com todas as propostas estará disponível dia 13 de junho.
Participaram ainda a presidente dos Conselhos Municipais, Inez Simpliciano, o chefe de gabinete, Caio de Araujo, Ricardo Jardim, superintendente de Patrimônio Histórico, e Rafaelle Vieira, assessora técnica da Secretaria de Turismo. A próxima reunião será na Usina de Cultura, em Olinda, quinta-feira, dia 15 de junho, das 14h às 17h.
A Secretaria Municipal de Cultura e o IFRJ firmaram parceria para que professores e alunos da instituição possam dar suporte aos fazedores de cultura que não sabem como montar e enquadrar projetos de cultura para concorrer em editais como o da Lei Paulo Gustavo.
A professora Vanessa Faria informou que no site gov.br/paulogustavo todos podem ter acesso aos valores de cada município. No caso de Nilópolis, é destinava verba para o inciso I, voltado para as produções audiovisuais (R$ 720.375,38), inciso II, que trata da reforma, restauro, manutenção e funcionamento de salas de cinema (R$164.661,11), inciso III, capacitação, formação e qualificação (R$82.670,48), e as demais áreas, no artigo 8º (R$ 392.000,00).
A MC Ellu animou artistas e autoridades ao cantar o funk ‘Pão com Ovo’. Ela explicou que já produz vídeos, curtas metragens e queria informações sobre como poderá proceder para concorrer ao edital. Fábio Mateus, da escola e produtora EncontrArte Audiovisual, deu informes sobre a reunião com representantes do Ministério da Cultura no dia anterior.
“O regramento fica a critério de cada município, que pode escolher o número de projetos para cada setor, o que direcionar. Um curta-metragem, em média, tem 40, 50 pessoas, em média, trabalhando no set. É importante que se pense em deixar um legado, formação de produtos que valorizem a cidade, contem a história da cidade e mostrem a cidade, dar preferência aos artistas, aos técnicos e à população da cidade”, observou.
O professor de Produção Cultural do IFRJ, Alexandre Pimentel, salientou que todos os prêmios não deveriam ter contrapartida, pois partem do princípio de que se está premiando por uma atividade já reconhecida. “Mas o Ações Locais, por exemplo, como forma de fomento, exigia que fosse feito um conjunto de ações”, recordou.
Um integrante do grupo nilopolitano Nós na Cena, que produz o que chamou de ‘cinema de guerrilha’, reivindicou que seja destinado ao coletivo um valor de R$ 150 mil a R$ 200 mil. “Queremos criar um longa-metragem”.
Antonio Carlos afirmou que a Lei Paulo Gustavo é muito específica e exigente. “Nilópolis segue criteriosamente o que o governo do Estado determina nas reuniões, para que a Prefeitura e os artistas não caiam em nenhuma armadilha e depois sejam notificados. Haverá oficinas que permitirão aos artistas que não têm capacidade técnica possam ter um apoio, para que tenham condições de concorrer junto à comissão de avaliadores e conseguirem aprovação”.
Augusto Vargas disse que a implantação da Lei Paulo Gustavo será mais uma tarefa das equipes das secretarias de cultura da região “ Eles terão que construir editais, acompanhar os processos de seleção, empenho e depósito”, enumerou o subsecretário de Integração Cultura da BXD, acrescentando que vários municípios já se interessaram em criar um consórcio local.