O prefeito de Niterói, Axel Grael, ministra palestra com mais de três mil inscritos de mais de 500 municípios do Brasil.Divulgação Ascom PMN
O prefeito falou sobre as iniciativas tomadas ao longo de 10 anos que levaram Niterói a estar hoje em oitavo lugar no ranking nacional de cidades inteligentes, de acordo com o Connected Smart Cities, e a ter o Sistema de Gestão da Geoinformação da Prefeitura (SIGeo) premiado, em 2017, como a melhor ferramenta do tipo no país.
“Há 10 anos, Niterói tinha dezenas de sistemas de dados diferentes para realizar todo o trabalho de gestão da cidade. Hoje, investimos em um projeto que visava transformar o município em Cidade Inteligente e concentramos os dados em poucos locais, o que facilitou a nossa tomada de decisão. Ou seja, investimos em meios de dar qualidade ao uso de dados públicos na gestão pública, para que gerem bons resultados para o cidadão”, explica Axel.
De acordo com o prefeito, a cidade conta hoje com alguns sistemas que fazem a diferença na gestão, além do SiGeo, como é o caso do Colab. O aplicativo, que foi instituído em Niterói em 2014, conta hoje com cerca de 167 mil inscritos. Através dele, é possível participar de processos participativos digitais, como as consultas públicas, que permitem à população colaborar com a Prefeitura na construção de diversas políticas públicas. Além disso, o aplicativo permite agendamento de vacinação e de outros serviços e também há um espaço para reclamações. A média de resolubilidade dos problemas que chegam pela ferramenta por meio dos cidadãos é de 90%.
“O cidadão tira foto dos problemas, por exemplo, e nos envia pelo Colab. A reclamação chega até nós classificada e temos como saber em que parte da cidade tem mais casos como aqueles e trabalhar em projetos que mirem na resolução total do problema”, conta Grael.
Ele citou também a construção do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), que possui mais de 500 câmeras espalhadas pela cidade e que ajuda a identificar problemas de criminalidade em Niterói. Outro exemplo foi a gestão de sinalização semafórica que a gestão adotou, que organiza e dá mais mobilidade ao trânsito.
O chefe do Executivo niteroiense falou ainda sobre a importância de os dados serem os mais abertos possíveis para a população, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“É preciso preparar a cidade para ser uma cidade inteligente, e não apenas a Prefeitura”, ressaltou o prefeito.
Também participaram da mesa de abertura do curso os prefeitos de São Luís, Eduardo Braide; do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; de Aracaju, Edvaldo Nogueira; de Novo Hamburgo, Fátima Dautd; e do Recife, João Henrique Campos.
A capacitação “Big Data para Cidades Inteligentes” vai até o dia 9 de maio, tem 9 horas de duração e é gratuita. Dentro da capacitação, no próximo dia 18, às 10h, a secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Niterói, Valéria Braga, participará da mesa “Governança de dados para cidades inteligentes, protegidas e inclusivas”.
Sobre o curso – Iniciado nesta segunda-feira (04), a capacitação “Big Data para Cidades Inteligentes” é composta de seis aulas virtuais e oito aulas gravadas com experiências da Coreia do Sul. O objetivo é apresentar os temas de Cidades Inteligentes e Big Data para Prefeitos, Secretários, Funcionários Públicos Municipais, explorando os conceitos e possibilidades relacionados ao uso de dados na gestão pública, com o objetivo de despertar o interesse e motivar sua aplicação em benefício do desenvolvimento sustentável e da qualidade de vida dos cidadãos.
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