Pedalada Inclusiva: ação é uma das diversas na área de acessibilidade Divulgação/Ascom
Pedalada inclusiva reuniu diversos moradores de Niterói em Piratininga
Ação fez parte do Mês da Mobilidade e promove a inclusão nos espaços públicos da cidade
Niterói – Um dos mais novos espaços públicos da cidade, o Parque Orla de Piratininga, recebeu no último domingo (17), diversos ciclistas e cidadãos da cidade para uma ação que faz parte do Mês da Mobilidade: a Pedalada Inclusiva, que promove a inclusão e o entretenimento de pessoas com deficiência. O encontro reuniu cerca de 50 pessoas entre adultos e crianças e fez partidas em pequenos trechos da ciclovia, respeitando o ritmo de cada um.
A ação disponibilizou duas bicicletas do modelo Tandem, adaptada para pessoas cegas e com baixa visão. O equipamento comporta duas pessoas: uma sem deficiência que vai na parte da frente guiando e fazendo a audiodescrição da paisagem para a pessoa com deficiência visual, que vai na parte de trás pedalando junto.
O Mês da Mobilidade tem como tema “No trânsito, Niterói escolhe a vida”. O evento da Prefeitura de Niterói é uma parceria entre a Coordenadoria Niterói de Bicicleta e a Secretaria Municipal de Acessibilidade.
A Pedalada Inclusiva teve a participação do criador do Pedala TEA, Omar de Azevedo (39). Ele, que é autista, neuropsicopedagogo e faixa preta de jiu-jitsu, destacou a importância desse tipo de atividade como forma de inclusão. “Eu sou autista, hoje nível de suporte, mas nem sempre foi assim. Comecei a falar aos 7 anos de idade, então tive muitas dificuldades. Hoje eu sou neuropsicopedagogo e o único autista faixa preta de jiu-jitsu no mundo. A bicicleta foi uma das ferramentas de socialização, e de interação. O Pedala Teia surgiu da necessidade de falarmos sobre a responsabilidade e a importância do esporte para a pessoa com deficiência através do pedal que é tão acessível a todos. Então, participar dessa atividade é muito importante para promover a inclusão através do pedalar”, disse.
“Fizemos essa parceria com o Niterói de Bicicleta para que a gente possa estar colocando pessoas com deficiência de qualquer maneira integrada nas ações que podem ser utilizadas aqui no município. Estamos utilizando os espaços mais bonitos da cidade e dando a oportunidade para qualquer deficiente que queira participar Estamos buscando todas essas alternativas que a cidade é propícia para fazer e tentando abrir espaços para que as pessoas possam conhecer e saber o que pode fazer, porque senão o que resta das para essas pessoas é fazer reabilitação a vida inteira, ou seja, fisioterapia, e a gente não quer isso, a gente quer que eles participem da sociedade efetivamente”, concluiu Tânia Rodrigues, secretária de Acessibilidade.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.