O cineasta Silvio Tendler, o reitor da UFF Antonio Cláudio da Nobrega e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida: no Cine Arte UFFDivulgação/Ascom
"Essa mostra é importante por divulgar direitos e dar voz a quem precisa ser ouvido. O cinema tem papel fundamental no que podemos falar de humanização e de um projeto de país mais democrático. Neste momento difícil, precisamos dos artistas para restaurar a energia do Brasil", ressaltou Silvio Almeida.
Suspensa nos últimos três anos pelo governo passado, a mostra chega à 13ª edição realizada pelos Ministérios da Cultura (MinC) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), com produção do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF. O reitor da UFF, Antônio Cláudio da Nóbrega, participou da abertura ao lado do ministro, da secretária do Audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, da secretária executiva do MDHC, Rita Cristina de Oliveira, e da assessora especial em Educação e Cultura em Direitos Humanos do MDHC, Letícia Cesarino.
“Ficamos orgulhosos de participar de iniciativas como esta, fundamental na formação de cidadãos conscientes, atuantes e comprometidos com a luta pelos direitos humanos”, enfatizou o reitor.
Além da divulgação do edital do Prêmio Luiz Gama, a cerimônia teve o lançamento de um selo especial em homenagem ao defensor dos escravizados, pela superintendente dos Correios no Rio de Janeiro, Clarissa Mazzon. O selo é inspirado no poema "Colerinho", do advogado baiano, retratado ao lado de dois pássaros pelo artista Antonio Obá.
EVENTO REUNIU GERAÇÕES DO CINEMA
Além de jovens estudantes de cinema que marcavam presença no evento, muitos nomes do cinema na cidade foram vistos circulando pelo salão – como Tonico Amâncio, professor da UFF, entre outros. A noite foi encerrada com a apresentação de um trecho do ainda inédito documentário “Exílio e memória”, filmado por Silvio Tendler, em setembro, no Chile, 50 anos depois do golpe que derrubou o presidente Salvador Allende. Os ministros Silvio Almeia e Flávio Dino, da Justiça, aparecem em cena falando para parentes de vítimas da ditadura.
“Estou muito feliz de voltar ao cinema da UFF, onde participei de muitos debates sobre o país, após exibições de filmes. Acompanho essa mostra desde a criação, em 2006, e é uma alegria ser homenageado agora”, disse o cineasta carioca, que agradeceu aos organizadores e ao prefeito Axel Grael, “que também é sobrinho do meu dentista”, brincou ele.
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