Niterói: os pais devem estar atentos a sintomas como dificuldade respiratória, febre persistente, falta de apetite e letargiaDivulgação

Niterói - Nos últimos meses, dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam um aumento preocupante nas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, com especial atenção ao estado do Rio de Janeiro. O vírus Influenza A, assim como o vírus sincicial respiratório (VSR), tem sido os principais responsáveis por essas internações, especialmente em crianças menores de 2 anos.
De acordo com o boletim da Fiocruz, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos em crianças foi de 21,8% para influenza A; 0,9% para influenza B; 57% para VSR; 20,3% para rinovírus; e 3,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Dicas de prevenção 

O pediatra Claudio Ortega, de Niterói, alerta que o foco para reduzir os casos entre os pequenos deve estar nas práticas preventivas que cuidem da saúde e do bem-estar das crianças. Ele compartilha as principais recomendações para os pais e cuidadores:

1. Vacinação em dia: esta é uma das formas mais eficazes de proteger as crianças contra diversas doenças respiratórias, como a gripe. Em relação ao vírus sincicial respiratório (VSR), ainda não existe uma vacina tradicional disponível para o público geral, mas sim um imunobiológico específico indicado para grupos de risco, que representa um alto investimento e tem aplicação restrita. Por isso, medidas preventivas seguem sendo fundamentais.

2. Higienização dos brinquedos: brinquedos e objetos manipulados pelas crianças devem ser constantemente higienizados. A limpeza frequente ajuda a reduzir a transmissão de vírus, especialmente em crianças pequenas, que tendem a colocar objetos na boca.

3. Higiene das mãos: como a transmissão de vírus respiratórios pode ocorrer pelo contato com superfícies contaminadas, é fundamental garantir que todos, especialmente os cuidadores, higienizem as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou álcool em gel.

4. Humidificação do ar: a baixa umidade do ar pode piorar os sintomas respiratórios. Usar um umidificador no ambiente da criança ajuda a manter as vias respiratórias mais úmidas e confortáveis, especialmente durante os meses mais secos.

5. Sono reparador: dormir bem é essencial para a recuperação e para o fortalecimento do sistema imunológico. Crianças pequenas devem ter uma rotina de sono regular e reparador, em um ambiente tranquilo e confortável.

6. Evitar aglomerações: Embora o uso de máscara não seja recomendado para bebês, evitar ambientes com grande aglomeração de pessoas pode reduzir significativamente o risco de infecções. Sempre que possível, os cuidadores devem optar por ambientes arejados e pouco frequentados.

7. Sinais de alerta: os pais devem estar atentos a sintomas como dificuldade respiratória, febre persistente, falta de apetite e letargia. Caso esses sintomas apareçam, é essencial procurar atendimento médico imediatamente.