Luiz Antônio Mello: sempre quis ser lembrado por adorar frequentar a Praia de ItaipuReprodução
LAM foi o criador e diretor da lendária Fluminense FM, apelidada de “Maldita” nos anos 1980, por sua programação ousada e inovadora. Sob sua liderança, a rádio se tornou um santuário do rock nacional e internacional, revelando nomes como Kid Abelha, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e Barão Vermelho. A Fluminense FM não apenas tocava música — ela moldava uma geração.
Além de sua atuação no rádio, Luiz Antônio Mello foi um jornalista combativo e criativo. Desde 2021, atuava como editor no jornal A Tribuna, mantendo sua veia crítica e seu olhar atento sobre os rumos da cultura e da política. Seu estilo direto e sua paixão pelo jornalismo o tornaram uma referência para colegas e leitores.
A cidade de Niterói, onde LAM nasceu e viveu grande parte de sua vida, decretou luto oficial de três dias em homenagem ao comunicador. A homenagem é um reflexo do impacto que ele teve não apenas na mídia, mas na identidade cultural da região – deixando um legado de coragem editorial, amor pela música e compromisso com a verdade. Sua trajetória é lembrada como um exemplo de como o jornalismo pode ser transformador — e como o rock pode ser mais que som: pode ser atitude.
LIVRO E FILME COM A HISTÓRIA DA RÁDIO
O livro que relata a história da icônica radio é "A Onda Maldita: Como nasceu a Fluminense FM", escrito pelo próprio Luiz Antônio Mello. Recentemente, foi lançada uma versão atualizada da obra, intitulada "A Nova Onda Maldita + Aumenta que é Rock n Roll", que também inclui o roteiro do filme inspirado no livro.
Já o filme "Aumenta que é Rock'n'Roll" foi lançado em 2024. Narra a história real de Luiz Antônio – apesar de deixar de fora uma série de detalhes importantes. No roteiro, em 1982, o jornalista Luiz Antônio (interpretado por Johnny Massaro) assume uma estação de rádio falida, mas transforma a situação com sua paixão pelo rock and roll.
CONTRIBUIÇÃO PARA A GESTÃO PÚBLICA
Luiz Antônio Mello foi presidente da Fundação Niteroiense de Arte (Funiarte), que mais tarde se tornou a atual Fundação de Arte de Niterói (FAN), na década de 1990. Ele assumiu a presidência da Funiarte em 1989, impulsionou a Niterói Discos, motivando novos talentos musicais da cidade e criou a Niterói Livros. Em sua gestão realizava projetos como “Praia do Delírio”, em Piratininga, para os novos artistas da cidade.

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