Flávia Medeiros é assistente social é gerente do Família Acolhedora na Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de JaneiroDivulgação

Talvez você já tenha ouvido falar a respeito do tema Família Acolhedora, mas não saiba exatamente do que se trata. Hoje, 31 de maio, é o dia em que se comemora o Dia Mundial do Acolhimento Familiar. No mundo todo, essa experiência atinge milhares de crianças, adolescentes e famílias. O acolhimento em família acolhedora é uma realidade consolidada em muitos países, especialmente na Europa e na América do Norte.
No Brasil, é um Serviço que compõe o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Está presente em muitas cidades do país, mas ainda temos muito a ampliar! Este serviço apresenta na cidade do Rio de Janeiro uma das mais importantes experiências nacionais. Ele existe em nossa cidade desde 1998.
É uma medida protetiva, temporária e excepcional, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que visa acolher crianças e adolescentes em situação de violação de direitos (negligência, abandono, abusos), em uma família acolhedora voluntária, previamente cadastrada, selecionada e acompanhada por equipe de assistentes sociais e psicólogos.
A modalidade de acolhimento familiar é uma alternativa ao acolhimento em abrigo, e seu princípio básico refere-se ao fornecimento de guarda temporária da criança/adolescente, visando garantir proteção e cuidado através da convivência familiar e comunitária, até que sua situação seja definida: retornar a família de origem, encaminhar para a família extensa, ou habilitar para a adoção.
Durante o ano de 2022, ao todo na cidade do Rio de Janeiro, 193 crianças/adolescentes estiveram acolhidos em famílias acolhedoras, dos quais: 109 crianças e 84 adolescentes. Deste universo, 31 crianças/adolescentes foram reinseridos em suas famílias de origem ou extensa, e 25 crianças/adolescentes foram encaminhados à adoção. Para que isso fosse possível, 116 famílias acolheram crianças/adolescentes em seus lares.
Já pensou em fazer a diferença na vida de crianças e adolescentes? Seja voluntário. Para se cadastrar é preciso seguir os seguintes critérios básicos: ter disponibilidade afetiva; possuir entre 21 e 68 anos; ser morador da cidade do Rio; não estar respondendo a processo criminal; não estar na fila do Cadastro Nacional de Adoção.
Toda família que preencha esses requisitos pode se candidatar, e passará por processo de habilitação, composto por avaliação de equipe de assistentes sociais e psicólogos, através de entrevista, visita domiciliar, além da participação obrigatória em uma capacitação inicial, visando a certificação.
O acolhedor receberá uma Bolsa Auxílio, que deverá ser devidamente revertida para os cuidados da criança ou adolescente acolhido. O primeiro passo para se tornar uma Família Acolhedora na cidade do Rio é preencher o formulário de pré-cadastro, para que a família ou indivíduo sejam registrados em nosso banco de dados. O formulário pode ser acessado em http://linktr.ee/FACOrj.

Cadastre-se! Faça parte! Em caso de dúvida, ligue para: (21) 2976-1527
Flávia Medeiros é assistente social é gerente do Família Acolhedora na Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro