Publicado 04/05/2020 07:09 | Atualizado 04/05/2020 07:53
Rio - A prefeitura informou, neste domingo, que a rede municipal de saúde da capital não tem mais leitos para tratamento do novo coronavírus (covid-19). Já considerando toda as vagas do SUS na cidade, que inclui unidades de saúde municipais, estaduais e federais, a taxa de ocupação dos leitos para a doença é de 92%.
Atualmente, a capital conta com 611 vagas, sendo 168 de UTI, dedicadas exclusivamente à covid-19. Desse total, 100 foram disponibilizadas na sexta-feira, com a abertura do hospital de campanha do Riocentro, na Zona Oeste do Rio.
O município prevê a abertura dos outros 400 leitos da unidade nos próximos 10 dias, com a chegada de equipamentos hospitalares comprados da China e que estão a caminho do Rio. Entre os equipamentos adquiridos, estão 806 respiradores e mais de 700 monitores essenciais para o tratamento de casos graves da doença.
A unidade referência na rede para pacientes com a o novo coronavírus, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, tem 230 leitos, sendo 150 de enfermaria e 80 de UTI. O hospital deve abrir mais 151 vagas, até chegar ao total de 381 programadas para a pandemia.
Quando as unidades do Riocentro e de Acari estiverem em pleno funcionamento, as duas terão, juntas, 881 leitos, sendo 301 de UTI para o tratamento do novo coronavírus.
Além dos leitos públicos, a prefeitura abriu um edital para contratação de mil vagas na rede particular. Os hospitais privados podem se inscrever para alugar seus leitos. O edital com os detalhes da contratação já foi publicado em Diário Oficial.
Contratação de profissionais
Para trabalhar no combate à pandemia, a cidade abriu mais de 5 mil vagas para profissionais de saúde, com salários que variam de R$ 12 mil a R$ 21 mil, dependendo da carga horária. Eles também recebem hospedagem e transporte aeroviário gratuitos.
Médicos de outras cidades e estados menos impactados pela doença também estão sendo convocados. Atualmente, 1.240 profissionais foram contratados.
Os equipamentos comprados da China pensam mais de 400 toneladas e tiveram o custo de R$ 1,6 bilhão. Ao todo, foram adquiridos mais de 18 mil itens, dentre eles 27 tomógrafos, 706 respiradores, 110 aparelhos de raio-x, 20 autoclaves (aparelhos de esterilização), milhões de máscaras e monitores.
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