Unidade de saúde funcionará de forma parcial até a chegada de novos respiradores
Por O Dia
Rio - O Hospital de campanha do Riocentro, na Zona Oeste do Rio, foi inaugurado nesta sexta-feira. Segundo informações da Prefeitura, a unidade de saúde conta com 100 leitos de UTI e 400 de clínica, no funcionamento máximo, com o objetivo de reforço ao combate do novo coronavírus (covid-19) no município.
O local foi inaugurado com o funcionamento parcial, com apenas 100 leitos, 20 de UTI e 80 de clínica.
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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, em entrevista à Rede Globo, afirmou que está aguardando a chegada dos respiradores da China para o funcionamento total do hospital. "Estão chegando, na próxima sexta-feira, daqui uma semana", falou. Ele também disse que irá aumentar os leitos na rede municipal de saúde e no Hospital Ronaldo Gazolla.
Crivella ressaltou que os pacientes chegam ainda hoje. "Nós temos muitas pessoas nas UPAs, que vão vir para nossas enfermarias. Temos aqui 20 leitos de UTI, se eles (pacientes) se agravarem, temos o leito para socorrer", ressaltou.
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O prefeito também falou sobre a decisão da Justiça de desbloquear os 138 leitos ociosos no Rio. "Leitos ociosos na rede federal que precisam abrir. Na rede municipal estamos reabrindo aos poucos. O que falta para gente são respiradores. Aliás, falta para o mundo inteiro", disse.
"Ano passado encomendamos 806 respiradores, essa semana estão chegando 300 e 15 dias depois mais 400. Estamos também resolvendo sobre aqueles 80 que foram pegos pelo governo federal. Então, logo logo, teremos 800 leitos de UTI. Atendendo não só a região da Baixada, mas o Rio inteiro", ressaltou o prefeito.
Durante a inauguração, Crivella também agradeceu aos funcionários da Latam, que estão fazendo as viagens para trazer os respiradores. "Vocês sabem que nesse momento é preciso que as rotas sejam cuidadosamente traçadas porque se pararem em local desavisados, onde nós não tenhamos acordos firmes com o nosso Itamaraty, nas relações exteriores, a carga pode ser arrestada", falou.
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A secretária de saúde, Beatriz Busch também deu entrevista e ressaltou sobre a possibilidade de colapso da rede pública de saúde. "O sistema público municipal pode colapsar se os outros entes não abrirem seus leitos porque o sistema público municipal não consegue sustentar todo o Estado. Os leitos estão abrindo, mas o sistema público pode colapsar se a população não colaborar, for a rua, retornar os seus hábitos. Ai a gente não consegue segurar essa curva, e não daremos conta a todas as demandas que chegarão aos hospitais", enfatizou.