Cláudio Castro quer pedir devolução de proposta de Witzel para enviar à Alerj um projeto com sua marca Rogerio Santana/GOV RJ
Por O Dia
Publicado 28/08/2020 16:18 | Atualizado 28/08/2020 21:11
Rio - O vice-governador Cláudio Castro convocou uma reunião com a cúpula da segurança do Rio de Janeiro nesta sexta-feira. O governador em exercício, que também foi alvo da operação de hoje, chegou ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul, no início da tarde para cumprir sua primeira agenda, após o afastamento de Wilson Witzel (PSC) do cargo por pelo menos seis meses.
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Durante a reunião, no Palácio Guanabara, Castro ressaltou que as secretarias de Polícia Civil e de Polícia Militar devem trabalhar integradas para garantir a segurança da população e a redução dos índices de criminalidade.

"O enfrentamento ao crime organizado, com planejamento e inteligência, é a principal diretriz da nossa política de segurança. Vamos continuar trabalhando ainda mais integrados para levar paz à população fluminense. Manteremos os comandos das secretarias, que estão fazendo trabalhos com resultados visíveis. Na última terça-feira, por exemplo, a Polícia Civil realizou a maior operação da história, cumprindo mandados de prisão contra 416 autores de roubo, latrocínio e receptação. O Estado do Rio também registrou o menor número de homicídios dolosos em 30 anos. Esse tipo de crime caiu 19% em julho deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019", disse Cláudio Castro.

Além dos secretários de Polícia Civil, Flávio Marcos Amaral de Brito, de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo, e de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo de Jesus, também participaram da reunião o secretário da Casa Civil, André Moura, o comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey, e o procurador do Estado, Reinaldo Frederico Afonso Silveira.
O afastamento de Witzel foi determinado pelo ministro Benedito Gonçalves após investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar o envolvimento de Witzel em desvios no governo do estado.
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De acordo com a PGR, desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019, Witzel montou uma organização criminosa dentro do governo do estado. A quadrilha foi dividida em três grupos, que disputavam o poder com desvio de recursos dos cofres públicos.
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Ainda segundo a PGR, o esquema era liderado por empresários, que lotearam as principais secretarias, como a da Saúde, para criar esquemas que beneficiassem as próprias empresas.
Além do afastamento de Witzel, 380 policiais federais e agentes do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal fazem, em paralelo, desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, a Operação Tris in Idem. Foram cumpridos 89 mandados de busca e apreensão, 13 mandados de prisão – onde 3 de alvos que já se encontravam presos. Restaram três mandados em aberto.