O governador em exercício, Cláudio CastroLuciano Belford/Agência O Dia
Por O Dia
Publicado 28/08/2020 18:38 | Atualizado 28/08/2020 20:46
Rio - O governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse na tarde desta sexta-feira após assumir o lugar de Wilson Witzel, que acredita na "missão confiada por Deus" e que "Ele" lhe dará a sabedoria necessária para conduzir o estado com firmeza, ouvindo a todos que querem o bem do Rio de Janeiro e da população fluminense.
Na tarde de hoje, Castro convocou uma reunião com a cúpula da segurança do Rio. Participam do encontro representantes das polícias Militar, Civil, do Corpo de Bombeiros, da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e da Procuradoria Geral do Estado.
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Cláudio disse ainda que lamenta os acontecimentos nesta manhã e ressalta estar com a "consciência tranquila" e totalmente à disposição para colaborar com as investigações. Advogado de formação, ele afirmou que confia na Justiça e na garantia ao amplo direito de defesa a todos os envolvidos para que os fatos possam ser devidamente esclarecidos para a sociedade.
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Cláudio Castro ressaltou que conduzirá o estado com "transparência e responsabilidade",  "para que a economia e os cidadãos não sejam afetados e reiterou a importância do respeito ao cumprimento do devido processo legal, pilar da democracia".
Entenda o caso
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou o governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por pelo menos seis meses. O afastamento foi determinado pelo ministro Benedito Gonçalves após investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar o envolvimento de Witzel em desvios no governo do estado. O vice-governador Cláudio Castro (PSC), que estava em Brasília e chegou ao Rio no início da tarde, assumirá a função.
De acordo com a PGR, desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019, Witzel montou uma organização criminosa dentro do governo do estado. A quadrilha foi dividida em três grupos, que disputavam o poder com desvio de recursos dos cofres públicos.
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Ainda segundo a PGR, o esquema era liderado por empresários, que lotearam as principais secretarias, como a da Saúde, para criar esquemas que beneficiassem as próprias empresas.
Além do afastamento de Witzel, 380 policiais federais e agentes do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal realizaram, em paralelo, desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, a Operação Tris in Idem. Foram cumpridos 89 mandados de busca e apreensão, 13 mandados de prisão – onde 3 de alvos que já se encontravam presos. Restam três mandados em aberto.