Publicado 08/04/2021 08:24
Rio - O partido Solidariedade comunicou publicamente, na quarta-feira, o afastamento do vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho. O parlamentar foi preso foi preso temporariamente por 30 dias, nesta quinta-feira, apontado como principal suspeito pela morte de Henry Borel, de 4 anos, que aconteceu na madrugada do último dia 8 de março. Henry é filho de Monique Medeiros com o engenheiro Leniel Borel. Para a Polícia Civil, o menino foi assassinado após sofrer sessões de tortura.
"Nós, enquanto um partido formado por cidadãos que buscam um futuro melhor, manifestamos nosso repúdio a todo e qualquer tipo de maus tratos e violência, principalmente contra crianças e adolescentes. Lutamos pelos desfavorecidos e seguiremos atentos aos mais vulneráveis de nossa sociedade", afirmou o partido.
O Solidariedade também informou que aguarda a apuração dos fatos com o processo de investigação e uma posição final da Justiça.
Câmara Municipal pede afastamento de vereador
A Câmara Municipal do Rio vai pedir, ainda nesta quinta-feira, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) seja afastado. O conselho se reunirá as 18 horas, na sala das comissões da câmara. A vereadora Teresa Bergher é a autora da emenda que criou o conselho.
"Precisa ser afastado imediatamente. Pela imagem da casa, pela credibilidade de cada um de nós vereadores e por respeito a esta criança vítima de um cruel assassinato e a toda a população que representamos", diz Teresa.
Três dias após a morte do menino Henry Borel, Jairinho foi eleito membro do Conselho de Ética da Câmara, no dia 11 de março. Caso seja afastado, o seu suplente no conselho é o vereador Luiz Ramos Filho (PMN).
Sessões de tortura
As investigações da Polícia Civil apontam que Dr. Jairinho teria praticado uma sessão de tortura contra Henry, semanas antes da morte do menino. Ainda de acordo com os agentes, o vereador agredia a criança com o conhecimento da mãe, Monique Medeiros.
Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) prenderam o casal por atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões com algumas testemunhas. A polícia identificou que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, tudo isso com o conhecimento da mãe que era conivente.
Jairinho e Monique eram monitorados pela Polícia Civil há dois dias e acabaram sendo presos em uma casa em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Em 12 de fevereiro, Monique descobriu que o político estava no apartamento, trancado no quarto, com o Henry. A polícia descobriu que ela estranhou que ele tenha chegado cedo em casa.
Segundo as investigações, um dia após enterrar filho, Monique foi a salão de beleza no Shopping Metropolitano, na Barra da Tijuca. O estabelecimento fica a cinco minutos de carro do condomínio Majestic, no Cidade Jardim, onde ela morava com Henry e o namorado. No local, três profissionais cuidaram dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.
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