Jhonathan Muniz Pereira, de 23 anos, estava na garupa da moto de Edvaldo Viana, de 41 anos reprodução das Redes Sociais
Por O Dia
Publicado 20/05/2021 14:02
Rio - Ainda abalados com a notícia da morte do Jonathan Muniz Pereira, de 23 anos, familiares afirmam que vão processar o Estado do Rio. O jovem, que trabalha com material de reciclagem ao lado da mãe, foi morto por PMs na última terça-feira depois de ter sido baleado junto ao mototaxista Edvaldo Viana, de 41 anos.
A família alega que, por questões financeiras, não está conseguindo a liberação do corpo para o enterro. Jhonathan ficou por 24 horas no necrotério do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, e foi levado ao Instituto Médico Legal do Rio na noite de quarta-feira. A mãe,  Lorena Muniz, esteve pela manhã no IML para reconhecer o corpo do filho. Segundo ela, o rapaz não tinha envolvimento com o tráfico de drogas e foi morto de forma covarde. 
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Jonathan morava em Rio das Pedras e a família não sabia porque ele estava passando de mototaxi na Cidade de Deus. "Recebemos a notícia de que o pai não conseguiu dinheiro para o enterro. Como vamos enterrar o menino?", questionou um familiar. 
Jonathan e o mototaxista Edvaldo Viana foram mortos por policiais militares em uma das entradas da Cidade de Deus. O crime causou comoção. Segundo testemunhas, Edvaldo parou a moto, mas um policial que estava em uma viatura efetuou dois disparos. 
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Em depoimento, os PMs alegaram que Edvaldo estava armado e por isso atiraram contra ele. Os policiais dizem que a suposta arma não foi localizada, pois pode ter sido furtada por usuários de drogas e afirmam que socorreram as duas vítimas. 
Um vídeo divulgado nas redes sociais contradiz a versão contatada na delegacia. As imagens mostram Jonathan e Edvaldo baleados e sendo arrastados pelos militares.
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