Publicado 02/06/2021 17:45
Rio - "Agressão gratuita", é como define Paola Rocha, 26, filha de uma das ciclistas atingidas por mulher alvo de cotovelada, a atitude do policial civil flagrada em vídeo. O caso aconteceu na Enseada de Botafogo, na Zona Sul, no último dia 22 de maio, mas só repercutiu na internet nesta quarta-feira, após vídeo que mostra momento da agressão viralizar e a Corregedoria da Polícia Civil confirmar ter assumido a investigação do caso.
"Elas tinham ido pedalar no Rio, minha tia, minha mãe e uma amiga. Quando passaram nesse pedaço do Aterro, aconteceu esse fato aí. Na hora, elas não tinham identificado que o cara tinha dado essa cotovelada que, no meu ponto de vista, foi proposital. Foi tudo muito rápido, ele passou, deu a cotovelada, desequilibrou e foi para cima da minha mãe", comentou Paola.
Segundo ela, a mãe Michele Dantas, 49, e a tia, Josiane Machado, 37, só não caíram no momento do choque porque estavam atentas ao movimento da ciclovia. "Elas não chegaram a cair no chão, não se ralaram, foi só um susto mesmo. Elas ficaram naquela, a menina falou: ' pô, ele bateu em mim', as duas viram que apesar do choque estava tudo bem, então seguiram. Quando minha mãe parou no destino final e começou a ver os vídeos percebeu que a atitude dele foi intencional para derrubar a menina, todas ficaram indignadas", lembrou a moradora de Niterói.
A decisão de publicar o vídeo, de acordo com Paola, surgiu dessa insatisfação com a atitude do homem que corria no sentido contrário. "Se você ver o vídeo inteiro, você vê que antes dele agredir ela, passam duas pessoas, dois homens correndo e tem espaço para isso. Esse cara tinha a opção de chegar para o lado, de deixar ela passar, mas ele preferiu agredir", argumentou Paola.
Filha de uma das ciclistas atingidas após agressão de policial, Paola Rocha, lembrou nesta quarta-feira que ficou indignada ao ver as imagens feitas pela mãe que mostram a atitude do policial civil. "As três ficaram indignadas ao ver o tamanho da covardia", disse a moradora de Niterói.
Para Paola, o homem, já identificado como policial civil, só tomou essa atitude porque viu que não havia nenhum homem no grupo.
"As três ficaram indignadas quando perceberam tamanha covardia do cara que agrediu a menina. Nós todas chegamos a conclusão que ele não tomaria essa atitude covarde se fosse um homem ali. Agressão gratuita a uma mulher que estava sozinha, era um grupo de mulheres. Eu postei, minha mãe postou, minha tia postou porque é um absurdo essa situação", concluiu a jovem, que também costuma pedalar ao lado da mãe.
Em nota enviada ao O DIA, a Secretaria de Polícia Civil informou que acredita que o agressor seja inspetor de Polícia Civil. A atitude dele é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil, que garantiu tomar todas as "medidas cabíveis".
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