Publicado 13/07/2021 16:06
Rio - A pedido do Ministério Público baiano, as justiças do Rio de Janeiro e Bahia autorizaram a exumação do corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, morto após um cerco policial em fevereiro do ano passado, em Esplanada, a quase 160 quilômetros de Salvador. O cadáver passou por novos exames que devem trazer a precisão da trajetória da bala, que ainda não ficaram prontos.
Para a Polícia Civil do Rio o ex-policial militar era apontado como chefe do grupo de extermínio conhecido como 'Escritório do Crime'. Adriano da Nobrega ficou foragido por mais de um ano, quando teve a prisão decretada em janeiro de 2019. Ele era suspeito de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018.
Investigações do Ministério Público do Rio, apontam que Nóbrega era suspeito de participar de um esquema de desvio de salários no gabinete de Flávio Bolsonaro. A ex-mulher Danielle Mendonça e a mãe de Adriano já foram assessoras do então deputado na Alerj.
Na PM, o ex-capitão comandou uma equipe do Grupamento de Ações Táticas investigada por diversos crimes. O ex-assessor parlamentar de Flávio, Fabrício Queiroz era subordinado ao ex-oficial. A equipe comandada por Nóbrega foi homenageada pelo então deputado na Alerj.
O miliciano era um dos denunciados na 'Operação Intocáveis', coordenada pelo Gaeco e pela Polícia Civil, em 2019.
O corpo de Adriano da Nobrega já passou por dois exames de necropsia que apontaram a causa morte por dois disparos de fuzil. O terceiro laudo deve analisar a distancia dos tiros, a partir das lesões causadas.
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