Fininho (esquerda) foi preso ontem. Maurição já está atrás das grades - Reprodução / Divulgação
Fininho (esquerda) foi preso ontem. Maurição já está atrás das gradesReprodução / Divulgação
Por O Dia
Rio - O ex-PM e miliciano Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido como Fininho, foi preso na manhã desta quarta-feira em Icaraí, em Niterói. Ele é o sétimo preso dos 13 denunciados que tiveram prisão decretada pela Justiça na "Operação Intocáveis", realizada em janeiro. Ele é braço-direito de Maurício Silva da Costa, o Maurição, apontado como o chefe da milícia em Rio das Pedras e Muzema, na Zona Oeste. Ele seria ligado a integrantes do Escritório do Crime, apontado como os executores da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes
A prisão foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), do Ministério Público do Rio. Os agentes do MPRJ levaram Fininho para a 77ª DP (Icaraí), de onde será encaminhado para o sistema penitenciário.
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Fininho atuava como segurança de Maurição. De acordo com a denúncia oferecida à Justiça em fevereiro, ele é apontado como um dos responsáveis pelas extorsões praticadas pelo bando contra moradores e comerciantes das localidades da Zona Oeste. Ele foi expulso da PM após ser condenado por quadrilha armada. Seu apelido já era mencionado no relatório final da CPI das Milícias, de 2008.
Maurição e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, de 43 anos, também preso pela "Operação Intocáveis", prestaram depoimento na investigação que apura os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, em fevereiro. Continuam foragidos desde janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega, o "capitão Adriano"; Gerardo Alves Mascarenhas, o "Pirata"; Fabiano Cordeiro Ferreira, o "Mágico"; e Jorge Alberto Moreth, o "Beto Bomba". 
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As investigações da "Intocáveis", realizadas por meio de escutas telefônicas e notícias de crimes, recebidas pelo canal Disque Denúncia, mostram o envolvimento dos denunciados em atividades de grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis; receptação de carga roubada; posse e porte ilegal de arma; extorsão de moradores e comerciantes, mediante cobrança de taxas referentes a "serviços" prestados; ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, por meio de "laranjas"; falsificação de documentos; pagamento de propina a agentes públicos; agiotagem; utilização de ligações clandestinas de água e energia; uso da força como meio de intimidação e demonstração de poder, para manutenção do domínio territorial na região de Jacarepaguá.
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