Polícia Civil fecha provedor clandestino de sinal de internet em Queimados Divulgação/PCERJ
Publicado 17/07/2021 09:39
Rio - Durante ação fiscalizatória, policiais da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) desarticularam um provedor clandestino de sinal de internet no bairro Vila Nascente, em Queimados, na Baixada Fluminense, nesta sexta-feira (16). Segundo as investigações, o local fornecia o serviço ilegal a cerca de 800 residências, movimentando pouco mais de R$ 1 milhão por ano.
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No lugar, a equipe encontrou cabos de transmissão de concessionárias de telefonia. De acordo com os agentes, o local de atuação do provedor é dominado por facções criminosas, onde os técnicos da empresa que presta serviços são diariamente impedidos de trabalhar.

O provedor foi interditado e os responsáveis vão responder pelo crime de receptação qualificada, com pena de prisão de 3 a 8 anos e multa.
Em junho deste ano, o Dia havia noticiado essa prática criminosa na Zona Norte do Rio. Na ocasião, criminosos haviam cortado os cabos de Internet e TV por assinatura de parte do Engenho da Rainha, um bairro da Zona Norte do Rio, deixando milhares de moradores sem condições de trabalhar ou estudar. Sem opções, muitos precisaram se mudar para casa de parentes e amigos para continuar atuando em home office.
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A intenção do tráfico local era de coagir a população a contratar o serviço de internet fornecido por eles.
A Polícia Civil passou a investigar a prática de não permitir os serviços de internet e televisão vindos de fora, clássica de grupos de milícia, e que passou a ser reproduzida por traficantes. A operadora Claro chegou a disparar uma mensagem no aplicativo dos clientes avisando que a suspensão do serviço no Engenho da Rainha e a falta de manutenção foram motivadas por "problemas de segurança pública". "Por medida preventiva as equipes técnicas estão impossibilitadas de entrar na região e prestar qualquer atendimento no local em razão de ameaças físicas aos técnicos", dizia o comunicado.

Moradores da Estrada Velha da Pavuna contaram à reportagem do Dia que receberam a oferta de uma provedora de internet local há alguns meses. No entanto, poucos contrataram o serviço. Tempos depois, concessionárias de telecomunicações começaram a ser impedidas de atuar na região. "Soube que escolas ficaram sem sinal. Professores não conseguiram dar aula. O comércio também ficou prejudicado". Traficantes e milicianos têm tentado expandir seus domínios para além dos limites das favelas, retirando a internet de condomínios e edifícios localizados fora das comunidades.
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