Publicado 19/07/2021 07:28
Rio - Equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, realizaram nesta segunda-feira uma operação no conjunto Manguariba, em Paciência, Zona Oeste do Rio. Moradores relataram forte tiroteio e a presença de um helicóptero blindado. Um homem suspeito de pertencer à milícia teria sido morto no confronto.
Informações de inteligência recebidas pela Polícia Civil apontaram que milicianos fortemente armados circulavam por Manguariba nesta segunda-feira. Na chegada, as equipes da Core foram recebidas a tiros. Um suspeito teria tentado fugir por cima do telhado de uma casa durante o confronto, mas acabou baleado e não resistiu.
Agentes apreenderam dois fuzis e uma pistola. Três veículos utilizados pelos criminosos foram interceptados. Perto deles, em uma mochila, policiais encontraram munição, roupas camufladas e coletes idênticos aos da Polícia Militar. Todo o material foi apreendido e levado para a 36ª DP (Santa Cruz).
Segundo os moradores, o confronto começou por volta das 6h. "Daqui da empresa dá para ver dois helicópteros dando rasante em Manguariba", disse o funcionário de uma empresa na região. "Manguariba hoje acordou agitado, dois helicópteros sobrevoando o bairro. Muito tiro", disse outro.
Mês de tensão
Às margens da Avenida Brasil e localizada entre Santa Cruz e Campo Grande, Manguariba, em Paciência, sempre foi considerado pelos próprios moradores uma região "tranquila" e "sem alteração", mas que vive um clima de tensão há pouco mais de um mês. Segundo informações de inteligência da Polícia Civil, o conjunto foi o primeiro alvo do grupo que cobiça as áreas que eram controladas por Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto no dia 12 de junho. Logo no dia seguinte à morte, milicianos ligados a Danilo Dias Lima, o Tandera, teriam ocupado o local. Moradores registraram grande movimentação de milicianos em carros blindados, com fuzis à mostra.
Dias depois, as vans que alimentavam o conjunto Manguariba deixaram de circular. Quem vive no local denunciou que a ordem para o transporte deixar de circular teria partido do grupo de Tandera, que já dava ordens no local.
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